Empréstimos para compra de casa desaceleram pela primeira vez desde outubro de 2020
Em agosto os bancos emprestaram menos de 100 mil milhões de euros para compra de casa, representando assim o primeiro abrandamento desde outubro de 2020
Em agosto os bancos emprestaram menos de 100 mil milhões de euros para compra de casa, representando assim o primeiro abrandamento desde outubro de 2020
Os empréstimos à habitação registaram, em agosto, o primeiro abrandamento desde outubro de 2020, com um total de 99,7 mil milhões de euros, mostram os dados do Banco de Portugal (BdP), divulgados esta terça-feira.
Assim, “no final de agosto de 2022, o montante total de empréstimos para habitação era de 99,7 mil milhões de euros, mais 0,2 mil milhões de euros do que no final de julho”, referiu a instituição liderada por Mário Centeno.
De acordo com a instituição, “esta evolução representa um crescimento de 4,6% em relação a agosto de 2021, sendo, no entanto, a primeira vez desde outubro de 2020 que estes empréstimos registaram um abrandamento”.
Já os empréstimos ao consumo totalizavam, no final de agosto, 20,5 mil milhões de euros, mais 0,2 mil milhões de euros do que em julho, o que reflete um crescimento de 5,9% relativamente a agosto de 2021 (5,5% no mês anterior).
Quanto aos empréstimos às empresas, o montante total ascendeu a 76,4 mil milhões de euros, o que representa um crescimento de 1,5% em relação a agosto de 2021, o que compara com um aumento de 1,6% em julho.
“Esta desaceleração foi mais expressiva nas pequenas e médias empresas e nas empresas dos setores das indústrias transformadoras e do alojamento e restauração”, nota o BdP.
Relativamente aos depósitos, o banco central indica que, no final do mês em análise, “os depósitos de particulares nos bancos residentes totalizavam 181,4 mil milhões de euros e os das empresas 64,8 mil milhões de euros”.
Os depósitos das famílias caíram 1,3 mil milhões de euros relativamente a julho, mas cresceram 6,8% em relação a agosto do ano passado. “A redução ocorreu principalmente nos depósitos à ordem e está em linha com a evolução habitual no mês agosto”, explica o BdP.
Já os depósitos das empresas aumentaram 1,5 mil milhões de euros face a julho e cresceram 9,9% relativamente ao mês homólogo, o que representa uma desaceleração pelo quinto mês consecutivo.
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