24 setembro 2022 16:09

“O negócio tem estado parado, as pessoas não têm dinheiro” diz Paula Fontainhas, dona de uma papelaria em Paço de Arcos
Reportagem: Quem vive do turismo sofre menos, mas há lojas onde se tiram lâmpadas para poupar e o sentimento geral não engana: “o poder de compra está a diminuir”
24 setembro 2022 16:09
Fátima e Rosa saíram para ver montras. “Só para ver, porque felizmente olhar ainda é de graça. Com as nossas reformas e a crise que aí vai, este ano não há roupa nova”, dizem ao Expresso à porta de uma loja na Rua Sá da Bandeira, no coração do Porto, ainda a cobiçar “os casacos quentinhos, mesmo bons para um inverno em que os aquecedores vão ter de ficar desligados”. Nas notícias, estas duas amigas têm ouvido falar de recessão e sabem que isso significa “menos compras”, ou “menos vendas” como contam os comerciantes no Porto e em Oeiras, em estado de alerta depois de o Banco Mundial falar do pior cenário desde os anos 70 e de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, avisar que “o que vem aí é mau”.