No ano passado, quase um quarto (23,6%) de todos os trabalhadores independentes com 18 anos ou mais na União Europeia (UE) estavam em risco de pobreza e exclusão social, um agravamento face a 2020, mostram os dados do Eurostat, divulgados esta quinta-feira. Portugal é o segundo país em que estes trabalhadores estão em maior risco.
Face a 2020, “esta foi a única categoria que registou uma deterioração da situação de pobreza, passando de 22,6% para 23,6%”.
Para contexto, de 2020 para 2021, as taxas de risco de pobreza caíram quer para os empregados, quer para os desempregados e pensionistas (reduções de 0,3, 1,6 e 0,6 pontos percentuais, respetivamente).
Em Portugal a percentagem está acima da média europeia, com 34,2% destes trabalhadores em risco de pobreza e exclusão social, sendo assim o segundo país com a percentagem mais elevada.
Portugal fica apenas atrás da Roménia, onde mais de 70% dos trabalhadores independentes estavam em risco de pobreza e exclusão social no ano passado. A Roménia foi, aliás, o país que registou o maior aumento de 2020 para 2021 (5,1 pontos percentuais).
Por outro lado, a situação de pobreza dos trabalhadores por conta própria melhorou em 11 países, com a Irlanda e a Hungria a registarem a maior diminuição dessas taxas (-3,2 e -3,7 pontos percentuais, respetivamente). É na República Checa que estes trabalhadores apresentam o menor risco de pobreza e exclusão social (7,4%).
Segundo o Eurostat, é considerada como estando em risco de pobreza a população que apresenta um rendimento disponível inferior a 60% do rendimento disponível médio do país.
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