O banco britânico HSBC disse à agência de notícias Reuters, esta quinta-feira, que vai parar de financiar a expansão do carvão através dos fundos que gere ativamente, com efeito imediato.
O carvão, fonte de energia utilizada em grande escala nos mercados asiáticos, onde estão localizados muitos dos clientes do HSBC, é um dos combustíveis fósseis mais responsáveis pelas emissões que prejudicam o meio ambiente.
É um passo importante para a banca, uma vez que o setor tem demorado a deixar de financiar a produção de carvão. Por exemplo, o Standard Chartered, concorrente do HSBC em mercados emergentes, disse no início de 2022 que encerrará todo o financiamento direto de carvão aos seus clientes até 2032.
O HSBC tinha dito, em dezembro do ano passado, que iria reduzir a sua exposição ao financiamento de negócios ligados ao carvão, em pelo menos 25% até 2025 e 50% até 2030, embora clientes não pertencentes à UE ou não membros da OCDE possam ser financiados até 2040, para uma eliminação mais gradual.
Num novo plano, o banco disse que pararia imediatamente de investir em cotadas ou emissões de dívida primária de qualquer empresa envolvida na expansão do carvão.
O HSBC estima que existam mais de 300 empresas globalmente com mais de 10% da receita relacionada com esta forma de combustível.
Adicionalmente, o banco indicou que, nas empresas em que tem direito de voto, irá sempre votar contra a eleição de presidentes que planeiem expandir a produção e o uso de carvão.
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