Economia

Preços altos das comunicações são "problema grave" que a inflação piora, admite presidente da Anacom

João Cadete de Matos, presidente da Anacom
João Cadete de Matos, presidente da Anacom
Ana Baião

Portugal está “na cauda da Europa nos preços mais altos das comunicações”, sendo o segundo país da UE em que mais se cobra por estes serviços. "É um problema grave, e ainda mais grave no contexto de pressão inflacionista”, disse João Cadete de Matos, presidente da Anacom

Os preços altos das comunicações em Portugal são “um problema grave” que prejudica as famílias, em particular num “contexto de pressão inflacionista”, disse o presidente da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), João Cadete de Matos, no Parlamento, esta quarta-feira, 21 de setembro

O responsável, que prestava declarações na comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, realçou que o país é, entre os 27 da União Europeia, o segundo em que mais se cobra por estes serviços.

Portugal, disse, está “na cauda da Europa nos preços mais altos das comunicações”, comparando “muitíssimo negativamente” com outros países por não ter “ofertas competitivas” em serviços como o de Internet.

“É um problema grave”, considerou, “e ainda mais grave no contexto de pressão inflacionista” atual, disse.

“Precisamos objetivamente” de concorrência “e a Anacom tem feito tudo aquilo que está nas suas mãos e fê-lo na atribuição das frequências” de 5G, com a entrada de dois novos operadores no mercado português.

"Portugal compara muito negativamente com a Europa nos preços das comunicações e achamos que só resolvemos esse problema (...) com maior concorrência", disse o presidente da entidade reguladora.

"A economia de mercado é o único instrumento que temos, é aumentar a concorrência para procurar, de facto, que os preços desçam para os níveis dos outros países europeus", prosseguiu João Cadete de Matos, em resposta a questões dos deputados.

Porém, Cadete de Matos destacou o nível de cobertura face aos restantes países europeus: "É importante termos presente que Portugal tem, comparativamente a muitos outros países europeus, um nível de cobertura superior", referiu, embora existam zonas brancas.

O responsável foi ouvido no âmbito de um requerimento do PSD sobre a substituição dos cabos submarinos que asseguram as comunicações entre Portugal continental, Açores e a Madeira.

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