A inflação em Itália fixou-se nos 8,8% em agosto face a julho e 8,4% face ao mesmo mês de 2021, um máximo desde dezembro de 1985 (8,8%), informou esta sexta-feira, 16 de setembro, o instituto nacional de estatística italiano (Istat).
A aceleração em relação ao mês anterior deveu-se, principalmente, aos preços dos bens energéticos, cujo crescimento aumentou de 42,9% em julho para 44,9% em agosto, e em particular da energia livre, de 39,8% para 41,6%, enquanto os preços da energia regulada continuam a registar um crescimento muito elevado, mas estável de 47,9%, explicou o Istat.
A subida deve-se ao aumento dos preços dos bens alimentares transformados, que passaram de 9,5% em julho para 10,4% em agosto, e dos bens duradouros, que passaram de 3,3% em julho para 4,2%, enquanto por outro lado os preços dos serviços relacionados com o transporte registaram um abrandamento (de 8,9% em julho para 8,4% em agosto).
A inflação subjacente, que exclui a energia e os alimentos frescos devido à sua volatilidade, acelerou de 4,1% para 4,4% e a que inclui apenas os bens energéticos de 4,7% para 5,0%.
O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) - que mede a evolução dos preços utilizando o mesmo método em todos os países da zona euro - aumentou 9,1% em termos homólogos e 0,9% face ao mês anterior, de acordo com estimativas preliminares.
De acordo com os cálculos do Istat, a estimativa de inflação para 2022 é de 7% e 3,5% para a inflação subjacente.
O Istat explicou que "são a eletricidade e o gás do mercado livre que produzem a aceleração dos preços dos bens energéticos não regulados, atenuada em parte pelo abrandamento dos preços dos combustíveis, e que, juntamente com os alimentos processados e os bens duradouros, empurram a inflação para um nível de 8,4%, que não se regista desde dezembro de 1985, quando era de 8,8%.
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