A DBRS Morningstar considera que os resultados dos grandes bancos portugueses foram "sólidos" no primeiro semestre, mas alerta que a crescente incerteza e o ambiente macroeconómico mais desafiador irão provavelmente pressionar a rentabilidade futura e a qualidade dos ativos.
"Apesar dos resultados sólidos no primeiro semestre de 2022, na opinião da DBRS Morningstar, a crescente incerteza e o ambiente macroeconómico mais desafiador devido aos elevados preços da energia e à persistente pressão inflacionista, irão provavelmente pressionar a rentabilidade futura e a qualidade dos ativos", afirma Nicola De Caro, da equipa de Instituições Financeiras Globais da DBRS Morningstar, numa análise divulgada esta segunda-feira, 12 de setembro.
Na análise dos resultados dos grandes bancos portugueses na primeira metade deste ano, a DBRS afirma que no referido período "o rendimento líquido total dos maiores bancos portugueses quase duplicou em comparação com o mesmo período de 2021, principalmente devido a receitas mais elevadas e a menores custos de provisionamento e imparidades".
"O stock agregado de NPLs [non performing loans, ou crédito não produtivo] continuou a diminuir de trimestre para trimestre e de ano para ano, uma vez que a qualidade dos ativos permaneceu em grande parte resistente após a queda das moratórias", refere a DBRS.
A DBRS refere que "o financiamento e as condições de liquidez permaneceram adequadas, contudo a recente volatilidade do mercado está a contribuir para o aumento dos custos de refinanciamento no mercado grossista".
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