O banco central da Rússia deverá voltar cortar a taxa de juro de referência em 50 pontos-base para os 7,5%, estimam os analistas ouvidos pela Reuters, em antecipação à decisão de política monetária a ser anunciada na próxima sexta-feira.
Esta é mais uma redução depois da subida de emergência para os 20% em fevereiro perante as sanções impostas pelo Ocidente que isolaram a Rússia dos circuitos financeiros internacionais e que provocaram no imediato uma desvalorização massiva do rublo.
Segundo a agência, o banco já fez três reduções de 300 pontos-base de seguida da taxa de juro desde a invasão da Ucrânia de 24 de fevereiro às quais somam-se mais duas de 150 pontos-base, tendo a última sido na mais recente reunião, em julho.
A prioridade atual é, perante uma taxa de inflação em queda, estimular o crédito. A taxa de inflação russa abrandou em agosto para os 14,3%, muito acima do alvo de 4% do banco central, mas já muito abaixo dos máximos de 20 anos registados em fevereiro.
De acordo com Mikhail Vasilyev, analista-chefe no Sovcombank, citado pela agência, "o abrandamento rápido na inflação e a necessidade de apoiar a transformação estrutural da economia russa face às sanções joga a favor de mais alívio na política monetária".
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