A produção de energia fotovoltaica atingiu um novo recorde na Europa este verão, evitando a importação de 20 mil milhões de metros cúbicos de gás por um valor potencial de 29 mil milhões de euros, indica um relatório publicado pelo centro de investigação Ember.
Segundo o documento do think-tank Ember, que analisa os dados da rede europeia de operadores de transporte de eletricidade, entre maio e agosto, a produção de energia solar ascendeu a 99,4 terawatt hora (TWh), mais um quarto do que em 2021.
Em igual período do ano passado, a quota de energia solar na produção europeia de eletricidade atingiu 9% (77,7 TWh), avança o relatório.
De acordo com os dados agora disponibilizados, 18 dos 27 países da União Europeia (UE) registaram este verão um recorde de produção solar, incluindo os Países Baixos (23% do seu mix de eletricidade), a Alemanha (19%) e a Espanha (17%).
Por outro lado, a França está abaixo da média, com apenas 7,7% da produção de eletricidade proveniente este verão deste tipo de energia considerada renovável, inesgotável e não poluente.
O maior aumento de energia fotovoltaica desde 2018 ocorreu na Polónia, onde a produção aumentou 26 vezes, seguida da Finlândia e da Hungria (cinco vezes mais), salienta a Ember.
Sem esta produção de energia solar, a UE teria de comprar mais 20 mil milhões de metros cúbicos de gás (para produzir eletricidade), calcularam os analistas, o que representaria uma fatura de 29 mil milhões de euros, ao preço do gás praticado diariamente entre maio e agosto.
Além disso, o aumento da produção entre o verão de 2021 e o verão de 2022 (22 TWh) poupou 4 mil milhões de metros cúbicos de gás nestes quatro meses, que significaram mais de seis mil milhões de euros, refere o documento.
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