Economia

Serviço público postal é pago exclusivamente pelos Correios mas no futuro pode deixar de ser assim, avisa presidente dos CTT

Serviço público postal é pago exclusivamente pelos Correios mas no futuro pode deixar de ser assim, avisa presidente dos CTT
FOTO ALBERTO FRIAS

Em Portugal o serviço universal postal é ainda hoje financiado apenas pela venda dos serviços, ao contrário do que acontece em muitos países europeus, onde é financiado pelo Estado, avançou João Bento

O presidente executivo dos CTT, João Bento, ouvido esta terça-feira na Assembleia da República, numa audição realizada a pedido do PSD, sublinhou que Portugal é um dos poucos países europeus onde os serviços postais não têm financiamento público. Mas este modelo pode não permanecer para sempre, avisou o gestor, apontando para a quebra permanente do peso correio da tradicional nas contas dos CTT, que a prazo será um terço das receitas operacionais.

"Em Portugal, o serviço público postal é integralmente pago pelos Correios", afirmou João Bento. E reforçou: "Hoje, o financiamento único do serviço postal é feito pelos CTT, provavelmente não será eternamente assim", alertou o gestor, que esteve no Parlamento para ser ouvido sobre as reclamações dos Correios, que aumentaram nos últimos anos.

Aos deputados, João Bento disse ainda que Portugal "tem o preço mais baixo dos serviços postais universais de toda a União Europeia em paridade de poder de compra". E acrescentou que os portugueses utilizam pouco os correios, 69% nunca o fazem. Segundo dados da Anacom, as famílias gastam 0,013% do seu orçamento familiar em serviços postais por ano, o equivalente a 2,6 euros, apontou ainda o presidente dos CTT.

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