Economia

Reino Unido prepara resgate de mais de 150 mil milhões de euros na energia para baixar contas dos consumidores

Liz Truss
Liz Truss
Handout/Getty Images

O novo governo do Reino Unido prepara-se para congelar os preços da energia, cobrindo a diferença dos aumentos junto das energéticas, segundo a Bloomberg

O governo do Reino Unido está a preparar um mecanismo que irá manter o tecto máximo dos preços das contas da eletricidade e do gás no valor atual, ou abaixo deste, no que será um resgate das contas de energia dos consumidores britânicos na ordem dos 130 mil milhões de libras (cerca de 151 mil milhões de euros ao câmbio atual) para os próximos 18 meses, segundo notícia da Bloomberg desta terça-feira, 6 de setembro.

Liz Truss, a recém-empossada primeira-ministra britânica, está a preparar com o novo Executivo este novo mecanismo semanas antes de entrar em vigor o aumento que quase duplica, a partir de 1 de outubro, o tecto máximo de preços a pagar pelos consumidores para mais de 3500 libras (4056 euros).

O objetivo é impedir esta subida e manter o teto nas 1971 libras (2284 euros) atuais, ou abaixo deste valor, um máximo que já tinha sido alvo de revisão em abril, subindo 54%.

Segundo a Bloomberg, o governo britânico prepara-se para eliminar o mecanismo atual que dá ao regulador da energia, Ofgem, o poder de definir tetos máximos nos preços. O ministério definirá centralmente, em vez disso, um preço unitário a pagar pela energia, que as fornecedoras serão obrigadas a cobrar aos seus clientes, que deverá ser revisto trimestralmente, de acordo com as fontes ouvidas pela agência.

O Estado britânico irá pagar a discrepância entre o preço cobrado aos clientes e o preço pago pelas empresas na compra de energia nos mercados, que deverá ser muito superior.

Segundo a Bloomberg, que cita fontes do governo britânico, as empresas do setor estão recetivas ao plano já que assim evitam impostos sobre lucros extraordinários e são compensados, numa altura de grande pressão nos mercados energéticos, pelo dinheiro dos contribuintes numa época de falta de liquidez que já vitimou empresas de distribuição.

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