Binance converte algumas 'stablecoins' da conta-corrente de clientes na sua própria moeda indexada ao dólar

A Binance vai converter automaticamente todas as contas-correntes dos utilizadores da sua plataforma com stablecoins USD Coin, Pax Dollar e True USD em unidades da sua própria stablecoin, a Binance USD, noticia a Reuters esta terça-feira, 6 de setembro. Uma stablecoin é um criptoativo cujo valor está indexado ao de um ativo de valor estável, como o dólar americano ou a libra esterlina.
A maior plataforma de compra e venda de criptoativos do mundo anunciou que a conversão irá acontecer a 29 de setembro.
A USD Coin é a segunda maior stablecoin em valor de unidades em circulação, avaliadas em 51 mil milhões de dólares (cerca de 52 mil milhões de euros ao câmbio atual), de acordo com o Coinmarketcap, ao passo que a da Binance, a Binance USD, estava avaliada nos 19,5 mil milhões de dólares (19,7 mil milhões de euros).
As stablecoins foram criadas como ponte entre a finança tradicional e o mundo financeiro dos criptoativos, permitindo mais fiabilidade nas transações dada a grande volatilidade e oscilações de valor das criptomoedas tradicionais. No caso das stablecoins que serão alvo de troca, estas têm paridade ao dólar americano sendo, por isso, idênticas em valor.
Segundo a Reuters, todos os produtos financeiros relacionados com a USD Coin - criptoativo desenvolvido pela Circle, empresa norte-americana do setor cripto - como crédito, rendimentos de staking (depósito e bloqueio de moedas digitais em troca de rendimento), e poupanças, serão liquidados a 23 de setembro na plataforma.
O presidente executivo da Circle, Jeremy Allaire, já disse no Twitter que a conversão pode ajudar na competição contra a Tether, a stablecoin mais popular, indexada ao dólar, e com uma 67,6 mil milhões de dólares (68 mil milhões de euros) de capitalização, segundo o Coinmarketcap.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: piquete@expresso.impresa.pt
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes