A Comissão de Trabalhadores de Autoeuropa vai pressionar o conselho de administração desta empresa do grupo Volkswagen para que os aumentos salariais para 2023 tenham em conta os níveis de inflação que agora se registam — e que rondam os 9%.
Rogério Nogueira, coordenador da Comissão de Trabalhadores, garante ao Expresso que “não estamos a falar de prémios, mas de um incremento extraordinário nos nossos salários”, além do que foi aprovado no passado mês de março, e que se traduz em aumentos salariais de 2% nos próximos dois anos, num valor mínimo de €30.
O representante dos trabalhadores nota que “a empresa, até agora, ainda não manifestou intenção de falar sobre esta questão, mas também não disse que não o faria”. Contactada pelo Expresso, a administração da Autoeuropa não quis comentar o assunto.
Entretanto, uma fonte da empresa fez saber que o acordo de março já previa a inflação, mas não ‘o disparo’ que se veio a verificar.
A empresa de Palmela, que esteve parada para férias, de 27 de julho a 22 de agosto, tenta agora recuperar dos impactos da guerra, sobretudo ao nível do fornecimento de semicondutores, entre outros componentes para os modelos automóveis ali produzidos. A meta de produção de cerca de 230 mil carros para este ano mantém-se.
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