Internet: Tráfego em banda larga fixa no primeiro semestre bate recorde
O tráfego total de Internet em banda larga fixa em Portugal bateu no primeiro semestre de 2022 um novo recorde, aumentando 1,1% face ao semestre homólogo, segundo a Anacom
O tráfego total de Internet em banda larga fixa em Portugal bateu, no primeiro semestre de 2022 um novo recorde, aumentando 1,1% face ao semestre homólogo, e duplicando os níveis pré-pandemia, relativos ao último semestre de 2019, divulgou esta sexta-feira, 2 de setembro, a Anacom - Autoridade Nacional de Comunicações.
Porém, o tráfego médio mensal por acesso na banda larga fixa normalizou para níveis do período pré-pandemia devido ao fim das medidas de restrição, com uma queda de 2,5% face ao período homólogo. No primeiro semestre de 2022, o tráfego médio mensal por acesso fixou-se nos 240 gigabytes (GB), ou cerca de 8 GB por dia, uma queda homóloga de 2,5%.
“No primeiro semestre de 2022, a Covid-19 deixou de ter impacto no tráfego médio por acesso, retomando-se a tendência de crescimento observada no período pré-pandemia. No mesmo período do ano anterior, a Covid-19 tinha tido um efeito de mais 32,1% no tráfego médio por acesso. A evolução ocorrida estará associada ao fim das principais medidas de combate à pandemia”, especifica a autoridade reguladora das comunicações.
Entre os principais operadores do mercado do serviço de acesso à Internet em banda larga fixa, a Meo fechou o semestre com uma quota de 40,8%, a NOS com uma quota de 34,2%, a Vodafone com 21,5%, e a Nowo com 3,1%.
“Em comparação com o semestre homólogo, a Vodafone foi o prestador cuja quota de acessos mais aumentou (+0,5 p.p.), enquanto a Meo foi o prestador que captou mais clientes em termos líquidos, tendo aumentado a sua quota em 0,1 p.p. As quotas do grupo NOS e da Nowo diminuíram (0,4 e 0,3 p.p., respetivamente)”, especifica a Anacom.
O número de clientes residenciais com banda larga fixa aumentou no primeiro semestre de 2022, com a taxa de penetração a aumentar em 2,9 pontos percentuais face à do ano anterior, e com a fibra ótica a ser a principal forma de acesso.
A taxa de penetração dos clientes residenciais de banda larga fixa fixou-se nos 89,2 por 100 famílias no final de junho deste ano. Face ao período homólogo, o número de acessos de banda larga fixa subiu 3,6%, ou 153 mil, para os 4,4 milhões.
A fibra ótica representou 61,9% dos acessos de banda larga fixa, um crescimento de 4,2 pontos percentuais face ao semestre homólogo, e “responsável pelo crescimento do número de acessos”, segundo a Anacom, que cresceram, nos últimos 12 meses, entre os suportados em fibra ótica, 274 mil, ou mais 11,2%.
Já os “acessos suportados em redes de televisão por cabo diminuíram 0,5%, e representavam 27,2% do total (-1,1 p.p. do que há 12 meses)”, segundo o regulador as comunicações, ao passo que “os acessos fixos suportados nas redes móveis diminuíram 7,4% e tinham um peso de 5,9% (-0,7 p.p.)”.
“Os acessos ADSL mantiveram a tendência decrescente, tendo diminuído 30,8%, substituídos por acessos de nova geração. O ADSL representava 4,9% do total de acessos (-2,4 p.p.)”, detalha.
“No final do primeiro semestre de 2022, 87,4% dos acessos de banda larga fixa eram de banda larga ultrarrápida (com velocidade de download superior ou igual a 100 Mbps), mais 4,2 p.p. do que no ano anterior. Em julho de 2021, Portugal era o quarto país com maior proporção de acessos com velocidades de download iguais ou superiores a 100 Mbps”, especifica a Anacom.
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