Os bancos russos perderam 1,5 biliões de rublos (cerca de 24,85 mil milhões de euros ao câmbio atual) na primeira metade de 2022 depois de o Ocidente ter imposto sanções à Rússia por ter invadido a Ucrânia, retirando o país de grande parte do sistema financeiro global.
As sanções prejudicaram os bancos russos ao impedirem alguns deles de negociar em dólares, euros e outras moedas convertíveis. Isto causou perdas em trocas de moeda e reavaliação das suas carteiras, disse o vice-presidente do banco central russo, Dmitry Tulin, numa entrevista ao jornal de negócios russo RBC, citada pelo “Financial Times”.
Como resultado, 40% dos "bancos sistemicamente importantes" da Rússia, que são os maiores do país e têm requisitos de adequação de capital mais elevados, registaram perdas no primeiro semestre deste ano.
Tulin disse que as sanções levaram os bancos russos a ter dificuldade em fazer transações em moedas estrangeiras, mesmo que eles próprios não fossem sancionados diretamente. De acordo com o responsável, os bancos no Ocidente ou tinham encerrado as contas correspondentes dos credores russos ou passaram "semanas e meses" a atrasar os pagamentos através de procedimentos de conformidade.
O vice-presidente do banco central notou ainda que a falta de convertibilidade do rublo "aceleraria o processo de acabar com o domínio da moeda estrangeira" no sistema financeiro russo.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: piquete@expresso.impresa.pt
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes