A tecnológica Klarna, empresa de pagamentos que permite pagar a prestações, mais que triplicou os prejuízos, para 6,2 mil milhões de coroas suecas (cerca de 580,4 milhões euros à taxa de câmbio atual), no mesmo período em que a sua avaliação caiu a pique e a Apple anunciou um novo serviço, igual ao da Klarna.
Segundo a empresa sueca, o agravamento das perdas deveu-se a custos de pessoal mais elevados, investimentos na integração do serviço sueco de comparação de preços recentemente adquirido PriceRunner e crescentes perdas de crédito. De acordo com as contas apresentadas, a empresa até apresentou um resultado operacional positivo, mas as despesas administrativas situaram-se em mais de 10 mil milhões de coroas suecas (936 milhões de euros).
As receitas cresceram 24% face ao semestre homólogo, para 9,1 mil milhões de coroas suecas (852 milhões de euros), impulsionadas pelo crescimento dos mercados, incluindo os EUA, onde a Klarna acumulou 30 milhões de utilizadores - um quinto do seu total global. A expansão para novos países, como o Canadá, a República Checa e a Grécia, também ajudou.
A Klarna debate-se, tal como outras empresas com soluções semelhantes, com o aumento da inflação e a perda de poder de compra por parte dos consumidores.
Segundo o “Financial Times”, em julho, depois de várias tentativas de angariar dinheiro com valores mais elevados falharem, o valor de mercado da Klarna desceu para 7 mil milhões de dólares (6,9 mil milhões de euros), depois de ter angariado 800 milhões de dólares (798 milhões de euros) junto de investidores.
O agravamento dos prejuízos acontece no mesmo semestre em que a Apple anunciou o novo serviço "compre já, pague depois" (buy now, pay later, como também é conhecido este negócio lá fora), semelhante ao da Klarna.
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