O governo italiano está em negociações para vender uma participação de controlo na ITA Airways, a empresa sucessora da falida Alitalia, para a Delta Air Lines, Air France-KLM e ainda a empresa norte-americana Certares. A Lufthansa deixou de ser a opção preferencial, escreve o “Financial Times”.
Os três apresentaram uma de duas propostas em Maio para uma participação de 20% na ITA Airways. Numa declaração feita esta quarta-feira, citada pelo jornal, o Tesouro italiano disse que esta oferta foi considerada “mais adequada aos objetivos [do governo]”.
Segundo o Tesouro, um acordo vinculativo só será alcançado se as negociações satisfizerem o objetivo do governo na totalidade.
No início do ano ano a alemã Lufthansa e o conglomerado marítimo suíço-italiano MSC já haviam manifestado interesse em adquirir uma participação maioritária e foram considerados os concorrentes preferenciais até agora.
O que mudou? Segundo fontes ouvidas pelo jornal, a proposta das três empresas inclui uma expansão para o mercado norte-americano, o que é mais atraente e potencialmente mais lucrativo.
Até ao momento, não houve comentários por parte de quase nenhuma das empresas envolvidas nem do Tesouro. Contudo, a Lufthansa criticou a decisão do Tesouro de entrar em negociações exclusivas a sua concorrência por "permitir uma maior influência do Estado e não prever uma privatização total da ITA".
Seja quem for que ‘ganhe’ esta luta, os objetivos do governo já estão em atraso, uma vez que a meta era vender a ITA Airways até ao final de junho.
A ITA começou a voar em outubro, depois de substituir a transportadora italiana Alitalia, de 75 anos, que chegou ao fim após anos de perdas e tentativas fracassadas de resgate.
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