Crédito ao consumo concedido em Portugal atinge 3300 milhões de euros no 1.ª semestre
Os associados da Associação de Instituições de Crédito Especializado concederam, no primeiro semestre, 3,3 mil milhões de euros em crédito ao consumo
O crédito ao consumo concedido pelos associados da ASFAC atingiu 3,3 mil milhões de euros no primeiro semestre deste ano, revelou esta quarta-feira, 31 de agosto, a Associação de Instituições de Crédito Especializado.
Em comunicado, a ASFAC explica que em termos de análise mensal, este valor revela “uma estabilidade na evolução do crédito”, tendo-se registado um aumento em junho face ao início deste ano (de 493,8 milhões para 592,9 milhões euros), mas uma “ligeira redução” na comparação com maio (609,6 milhões de euros).
Além disso, a associação do setor estima que a atividade de crédito aos consumidores, “contribuinte direto para a formação da variável de consumo privado, representa cerca de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) português”.
No período em análise, do total de crédito concedido (3,3 mil milhões de euros), o que respeita ao crédito automóvel representou 29%, enquanto o pessoal e de bens de consumo foi de 16% e o que é concedido através de cartões e linhas de crédito representou 46%, diluindo-se os restantes 9% por outros tipos de créditos.
“Embora afetado no crédito automóvel pela forte dificuldade na disponibilização de veículos no mercado, fruto das consequências da pandemia e dos conflitos na Ucrânia, os níveis de crédito concedido aproximam-se dos valores pré-pandémicos”, assinala a ASFAC em comunicado.
O secretário-geral da ASFAC, Duarte Gomes Pereira, reportando-se aos números divulgados considerou que significam uma “evolução sustentável e saudável”, advertindo que “não deverá ser dificultada por fatores externos fiscais ou regulamentares”, pois dessa forma poder-se-á deparar com um “acentuado prejuízo” para a economia portuguesa.
Tendo em conta que um dos principais suportes de crescimento do país é o consumo, o responsável da ASFAC defende que é necessário “proteger o crédito ao consumo”, pois sem ele, o consumo e consequentemente o desenvolvimento, o tecido empresarial, essencialmente micro e pequenas e médias empresas (PME), e o emprego “serão afetados”.
Entretanto, no âmbito da Eurofinas, a federação europeia que reúne as instituições de crédito ao consumo, Portugal foi o país que registou maior crescimento no primeiro trimestre deste ano, quando comparado com o mesmo período de 2021, tendo passado de 1060 milhões de euros para 1600 milhões de euros, uma subida homóloga de 52,2%, lê-se ainda no comunicado.
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