Economia

Exportações de mobiliário no primeiro semestre alcançam novo recorde

Exportações de mobiliário no primeiro semestre alcançam novo recorde
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As exportações portuguesas de mobiliário aproximaram-se dos mil milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano, superando os valores pré-pandemia e crescendo 9% face a 2021

As exportações portuguesas de mobiliário aumentaram para o valor recorde de quase 1000 milhões de euros no primeiro semestre, mais 9% do que no período homólogo de 2021 e 5% acima de 2019, anunciou a associação setorial esta terça-feira, 30 de agosto.

Em comunicado, a Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins (APIMA) refere que este resultado “confirma as perspetivas de retoma do crescimento que o cluster vinha a registar na última década, mesmo com os impactos da pandemia, com um crescimento de 5% face ao primeiro semestre de 2019”.

Segundo sustenta, estes números “revelam a consolidação da tendência de afirmação internacional dos setores, com destaque para os mercados francês, espanhol e americano”.

Assim, entre os meses de janeiro e junho de 2022, as empresas do cluster do mobiliário e afins somaram quase 1000 milhões de euros em vendas ao exterior, superando em 9% os valores registados em igual período no ano anterior, tendo os principais mercados comerciais do cluster demonstrado “um desempenho positivo quando comparados com o ano anterior”.

França, responsável por 33,84% das exportações nacionais, importou mais 6,66% face ao igual período em 2021, seguindo-se Espanha, com uma quota de 24,6%. Já o mercado americano manteve-se como o terceiro mais relevante, ao registar uma variação homóloga de 38,66%, seguindo-se a Alemanha (4,7%) e o Reino Unido (20,42%).

Citado no comunicado, o presidente da APIMA afirma-se “satisfeito com os resultados alcançados, numa conjuntura particularmente desafiante, pautada pela escassez de matérias-primas, pelos custos de produção e de transporte”.

“Não podemos, contudo, acreditar que estas condicionantes não afetarão seriamente a atividade económica deste cluster”, ressalva Joaquim Carneiro.

“Por outro lado, a retoma dos grandes certames internacionais, como a Maison&Objet, a Tortona Design Week ou o Portugal Home Week, está a revelar-se extremamente positiva para o cluster, ao permitir que apresente a excelência da produção nacional e a complementaridade da sua oferta internacionalmente”, acrescenta, salientando tratar-se de “um cluster altamente exportador e que vê nas feiras uma enorme possibilidade de fechar negócios com os seus clientes”.

Até junho, o saldo da balança comercial do setor “manteve-se substancialmente positivo”, nos 401 milhões de euros, com uma taxa de cobertura das importações pelas exportações de 169%.

“Assim – destaca a associação – “o cluster do mobiliário e afins constitui um dos mais exportadores da economia nacional, com cerca de 90% da produção a ser destinada aos mercados estrangeiros”.

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