Telefone fixo com mais clientes, mas com menos minutos no primeiro semestre do ano
Na primeira metade do ano, o número de clientes do serviço telefónico fixo cresceu 2% face ao mesmo período de 2021, mas o número de minutos caiu, nota a Anacom
Na primeira metade do ano, o número de clientes do serviço telefónico fixo cresceu 2% face ao mesmo período de 2021, mas o número de minutos caiu, nota a Anacom
Há mais de 20 anos que os telemóveis se tornaram habituais nas nossas vidas, mas ainda assim, em pleno 2022, o número de clientes dos telefones fixos cresceu. Segundo os dados da Anacom (Autoridade Nacional de Comunicações), na primeira metade do ano, o número de clientes do serviço telefónico fixo era de cerca de 4,3 milhões, mais 85 mil que no primeiro semestre de 2021, o que representa um aumento de 2%.
A Anacom explica que este aumento está associado à integração desta opção nos pacotes disponíveis para o público, que incluem diversos serviços como televisão, internet e telefone, entre outros.
"A taxa de penetração dos acessos telefónicos principais foi de 51,9 acessos por 100 habitantes. A taxa de penetração dos acessos instalados a pedido de clientes residenciais ascendeu a 95 por 100 famílias, mais 1,8 pontos percentuais (p.p.) do que no semestre homólogo de 2021", a reguladora do setor.
Entre janeiro e junho, os acessos suportados em redes de nova geração (FTTH, redes de televisão por cabo e redes móveis em local fixo) representaram 88,6% dos acessos telefónicos e aumentaram o seu peso em 3,2 p.p. em relação ao período homólogo.
Porém, o número de telefones fixos de rua (postos públicos) diminuiu 8,9% em relação à primeira metade de 2021, para 13,4 mil.
Apesar do número de clientes com telefone fixo ter crescido 2%, o volume de minutos originado na rede fixa diminuiu 18,1% face ao primeiro semestre do ano passado. Uma queda mais acentuada que na primeira metade 2021 (-7,6%), que coincidiu ainda com um longo período de confinamento (quase todo o primeiro trimestre).
Aliás, segundo explica a Anacom, "a pandemia provocou uma inversão da tendência de descida do tráfego que vinha a verificar-se desde 2013". O aumento durante os anos de pandemia, pode explicar esta nova redução, uma vez que a restrição à circulação foi eliminada no regresso à 'normalidade'.
A queda deveu-se, na sua maioria, devido à diminuição no tráfego entre duas linhas de fixo (-22,2%).
Em média, no primeiro semestre, foram consumidos, por mês, 54 minutos com telefone fixo. Em comparação com o mesmo período do ano passado, foram consumidos mensalmente menos 13 minutos.
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