Economia

Juíza rejeita volume “absurdo” de dados que Musk exigiu ao Twitter em processo sobre contas falsas na rede social

Juíza rejeita volume “absurdo” de dados que Musk exigiu ao Twitter em processo sobre contas falsas na rede social
Dado Ruvic

Uma juíza ordenou ao Twitter que forneça mais dados para que Elon Musk possa fundamentar as suas queixas, mas não o volume “absurdo” solicitado pelo dono da Tesla e acionista do Twitter

Uma juíza ordenou ao Twitter que forneça mais dados para que Elon Musk possa fundamentar as suas queixas, mas não o volume “absurdo” solicitado pelo dono da Tesla.

O empresário acusa a rede social de ter mentido sobre a quantidade de contas falsas, usando esse argumento para não concluir a compra da plataforma (da qual já é acionista minoritário) por 44 mil milhões de dólares (cerca de 44 mil milhões de euros).

Por isso, o filantropo pediu à magistrada Kathaleen McCormick que obrigasse o Twitter a partilhar muito mais informações sobre os seus utilizadores, os seus métodos e os seus critérios de desempenho.

Após ouvir as duas partes na quarta-feira, a juíza adiantou numa decisão divulgada na quinta-feira que era “justificado” – antes de um julgamento marcado para outubro – pedir ao Twitter “certos dados adicionais”.

McCormick ordenou que a rede social fornecesse informações sobre as 9.000 contas usadas para inspecionar contas falsas e spam no quarto trimestre de 2021, bem como o método de seleção.

Tendo o Twitter argumentado que isso poderia violar a proteção de dados, a juíza impôs que apenas um número limitado de pessoas – advogados e analistas de dados – tivesse acesso às informações.

A magistrada também ordenou que o Twitter faculte mais dados sobre o indicador apresentado pelo grupo para refletir o seu desempenho, o número de utilizadores ativos diários ditos “rentáveis”, em detrimento de outros critérios ‘a priori’ menos favoráveis.

A juíza, no entanto, não acatou todos os pedidos de Elon Musk, considerando serem “absurdamente vastos” e envolveriam “milhares de milhares” de dados.

Num caso separado, a magistrada ordenou que o empresário fornecesse as contas falsas e as análises de spam verificadas pelos seus próprios especialistas com base num conjunto de dados inicialmente facultados pela rede social.

Entretanto, McCormick ainda não decidiu se o Twitter poderá aceder aos documentos usados para analisar.

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