Economia

Dívida pública foi o ativo mais procurado no segundo trimestre junto dos intermediários financeiros

Dívida pública foi o ativo mais procurado no segundo trimestre junto dos intermediários financeiros
Thana Prasongsin/Getty Images

No segundo trimestre do ano, a dívida pública foi o ativo mais procurado (25,6% do total) junto dos intermediários financeiros registados na CMVM

No segundo trimestre do ano, a dívida pública foi o ativo financeiro mais procurado (25,6% do total) junto dos intermediários financeiros a operar em Portugal, segundo indica a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), na sua mais recente estatística trimestral sobre intermediação financeira. A dívida pública foi ainda o ativo mais procurado para negociação por conta própria.

De acordo com a nota da CMVM, a dívida pública registou um crescimento trimestral de 3,2%.

A seguir à dívida pública, os ativos mais atrativos foram as ações e os títulos de dívida privada.

No total, entre abril e junho, "o valor das ordens recebidas no mercado a contado pelos intermediários financeiros registados na CMVM totalizou 133.507,3 milhões de euros, mais 23,4% do que nos três meses anteriores e mais 254,2% quando comparado com o período homólogo".

Os investidores não residentes foram responsáveis por grande parte das ordens recebidas (86,6%). Já os residentes apenas foram responsáveis por uma pequena parte (13,4%), sendo que a percentagem é até 1,5 pontos percentuais inferior à dos primeiros três meses do ano.

Por país, "França recebeu 58,1% do valor das ordens (40.038,7 milhões de euros), seguida dos Países Baixos (27,2%), Portugal (6,4%) e Reino Unido (3,6%)".

Os canais tradicionais – telefone, fax e presencial – continuam a ser os mais utilizados para a transmissão de ordens de investimento, representando 85,1% do total. Já a utilização da Internet para transmissão de ordens teve um recuo trimestral de 12,4%.

Quanto às ordens executadas, estas ascenderam a 126.359,8 milhões de euros, mais 25,7% do que no trimestre anterior e 281,0% do que em igual período de 2021.

Segundo a CMVM, "as ordens executadas sobre dívida privada e pública cresceram face ao primeiro trimestre, aumentando 28,6% e 2,8% respetivamente, enquanto sobre ações recuou 15,2%".

O BCP foi o intermediário financeiro com a quota de mercado mais elevada (63,1%) no segmento de ações, seguido da Caixa – Banco de Investimento (11,2%) e do BIG (10,7%). No entanto, nas ordens sobre dívida pública e privada liderou o BNP Paribas - Sucursal em Portugal (99,9% e 94%, respetivamente).

Negociação por conta própria em queda

O valor transacionado pelos intermediários financeiros por conta própria caiu 4,2% em cadeia e 11,7% a nível homólogo, para 56,5 mil milhões de euros.

A dívida pública foi também o valor mobiliário mais procurado para negociação por conta própria, representando mais de 70% do total.

"No segmento acionista, o valor negociado por conta própria caiu 57% em relação ao primeiro trimestre, tendo recuado 69,3% face ao período homólogo", indica, por fim, a nota da CMVM.

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