O laboratório farmacêutico Moderna, responsável por uma das vacinas contra o vírus da covid-19, processou a Pfizer e a BioNTech, dupla responsável por outra vacina, acusando-as de ter infringido a patente da tecnologia de ARN mensageiro (ARNm), que a Moderna diz ter desenvolvido primeiro, de acordo com notícia da Reuters desta sexta-feira, 26 de agosto.
"Estamos a apresentar estes processos para proteger a plataforma tecnológica pioneira ARNm de que fomos pioneiros, investimos milhares de milhões de dólares a criar, e patenteámos na década anterior à pandemia da covid-19", referiu o presidente executivo da Moderna, Stephane Bancel, citado num comunicado da empresa.
A Moderna acusa o consórcio americano e alemão de ter copiado tecnologia usada no desenvolvimento das vacinas contra a doença causada pelo novo coronavírus, alegadamente desenvolvida anos antes pelo laboratório.
A Moderna apresentou processos nos Estados Unidos e na Alemanha, onde a Pfizer e a BioNTech estão sediadas, respetivamente, e quer uma indemnização por esta alegada infração, sem especificar valores.
A Moderna alega que a BioNTech copiou sem autorização a tecnologia patenteada pela Moderna entre 2010 e 2016. O laboratório anunciou no início da pandemia que não iria accionar processos de infração de patentes para não prejudicar o esforço de investigação para se tentar encontrar uma vacina, dizendo que não o iria fazer antes de 8 de março de 2022, segundo a Reuters.
Ambas as empresas estão a ser alvo de processos de infração de patentes, com a alemã CureVac a acusar a BioNTech do mesmo e a Moderna, por sua vez, a ser acusada do mesmo nos Estados Unidos, sublinha a agência.
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