26 agosto 2022 12:21

d.r.
Sindicatos têm criticado duramente mudança da sede e admitem que haverá duplicação de custos, já que saem 1200 trabalhadores mas ficam 1500
26 agosto 2022 12:21
É uma questão em aberto, defendem os sindicatos dos trabalhadores da TAP, que têm contestado a saída da sede histórica da companhia, por temer que seja o pontapé de saída para a venda de terrenos e defender que é um custo desnecessário, que poderá inclusive duplicar o esforço financeiro da transportadora, já que irão permanecer nas atuais instalações a manutenção e a engenharia (cerca de 1500 pessoas). O processo, porém, continua a avançar. E tudo aponta para que os serviços centrais da TAP, e com eles 1200 trabalhadores, se transfiram para o que é hoje a sede dos CTT, na Avenida João XXI, no Parque das Nações. Os Correios confirmaram, em declarações ao Expresso, que vão mesmo sair do edifício que arrendam desde 2011. “Os novos hábitos de trabalho permitem libertar áreas significativas nos serviços centrais, pelo que essa hipótese está em cima da mesa”, afirmou fonte oficial da empresa liderada por João Bento. O custo da renda é, sabe o Expresso, uma das razões que leva os CTT a sair de um edifício com 15 mil m2, 16 pisos acima do solo e cinco subterrâneos. A renda paga pelos Correios é, segundo o “Eco”, de €3,8 milhões anuais, valor que a TAP pretende manter. A justificação para mudar é o facto de os edifícios da TAP serem pouco funcionais, a sua manutenção ser cara (€1 milhão por ano) e questões de segurança — o que os sindicatos contestam.