Economia

Farfetch lucra 67,7 milhões no segundo trimestre

José Neves é o fundador e presidente da Farfetch
José Neves é o fundador e presidente da Farfetch
D.R.

Empresa liderada pelo português José Neves continua a apresentar resultados positivos, mas fica 22,9% abaixo do ano passado

A Farfetch fechou o segundo trimestre do ano com lucros de 67,7 milhões de dólares (67,9 milhões de euros ao câmbio atual). É um resultado que inclui benefícios não monetários resultantes da descida do valor das ações, mantendo a empresa em terreno positivo, mas 22,9% abaixo do período homólogo do ano passado. No primeiro trimestre de 2022, os lucros ascenderam a 728,8 milhões de dólares.

O valor bruto de vendas aumentou 1,3% ( 7,6% a preços constantes), para 1,020 mil milhões de dólares, indica a empresa esta quinta-feira no comunicado de apresentação de contas para o trimestre terminado em junho.

As receitas cresceram 10.7%, para 579.3 milhões de dólares, enquanto o EBITDA numa base ajustada foi negativo em 24,2 milhões de dólares (- 20,5 milhões no mesmo período do ano passado).

O valor bruto da Plataforma Digital caiu 3,3%, ou 30,3 milhões de dólares, para os 883,1 milhões, entre o segundo trimestre de 2021 e o de 2022, mas excluindo o impacto cambial apresenta uma subida de 1,6%. O desempenho, diz a empresa, reflete o impacto da suspensão do negócio na Rússia, desde março, assim como as restrições impostas pela covid-19 na China.

"Na Farfetch, a nossa missão é sermos uma Plataforma de luxo. Esta semana demos mais um grande passo nessa direção", afirma o seu presidente e fundador, José Neves, no comentário aos resultados divulgados esta quinta-feira, um dia depois da Farfetch anunciar um acordo com o grupo Richmont, dono da Cartier, que lhe garante 47,5% da YNAP.

Sobre a atual conjuntura, comenta que a empresa "navega habilmente num ambiente macro volátil", "apostada em continuar a crescer" depois de um período de 3 anos em que os negócios medidos no valor bruto de vendas duplicaram".

Quanto ao futuro, José Neves manifesta-se "extremamente otimista para 2023", considerando o fim do ciclo do processo de encerramento das operações na Rússia, mas também a expectativa de "ventos favoráveis na China para começar a colher os frutos dos grandes negócios assinados este ano com a Reebok, o Neiman Marcus Group e Salvatore Ferragamo

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