Os intermediários financeiros registados em Portugal receberam, em julho, ordens sobre instrumentos financeiros no valor de 53,9 mil milhões de euros, mais 19,3% face ao mês anterior, segundo a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
O regulador avança que nos primeiros sete meses do ano o valor total das ordens mais do que triplicou face ao período homólogo, crescendo 258,6%.
Em julho, o valor das ordens nos instrumentos financeiros de dívida pública cresceu 16,6% para os 11,58 mil milhões de euros, caiu 22,2% para os 1,63 mil milhões de euros na dívida privada e nas ações recuou 11,6% para 1,93 mi milhões de euros.
No que toca aos intermediários, "o BCP teve a maior quota de mercado nas transações sobre ações (22,9%), seguindo-se o CaixaBank – Sucursal em Portugal (13,7%) e o Banco BPI (13,4%)", ao passo que na dívida "a maior quota pertenceu ao BNP Paribas – Sucursal em Portugal (70,1 %), seguindo-se o Banco L.J. Carregosa (22,1%) e o HPC Societe Anonyme - Sucursal em Portugal (4,4%)", detalha a CMVM.
Nos derivados, o valor das ordens cresceu 15,2% em julho face a junho para os 330,65 mil milhões de euros. "Os CFDs foram o instrumento mais negociado no mercado de derivados (1,9% do total), tendo as transações decrescido 64,4% em relação a junho. As transações sobre futuros caíram 64,4%", segundo o regulador.
O valor das ordens de residentes como o de não residentes registou subidas mensais de 21,8% e 19%, respetivamente.
"Quanto ao mercado de execução, 53% das ordens recebidas foram executadas nos mercados regulamentados internacionais, 2,5% nos mercados nacionais, 0,9% fora de mercado e 43,7% foram internalizadas. Estados Unidos, França e Alemanha foram os três principais destinos das ordens executadas sobre ações fora de Portugal, enquanto Países Baixos, França, e Reino Unido foram o principal destino das ordens sobre títulos de dívida", indica a CMVM.
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