Ford condenada a indemnização milionária por defeitos na carrinha Super Duty

A Ford foi condenada ao pagamento de uma indemnização de 1,7 milhões de dólares por um defeito de fabrico num veículo que provocou a morte de um casal
A empresa de automóveis norte-americana Ford foi condenada ao pagamento de uma indemnização de 1,7 milhões de dólares (cerca de 1,7 milhões de euros ao câmbio atual) por um defeito de fabrico num veículo que provocou a morte de um casal, indica esta segunda-feira, 22 de agosto, a imprensa dos Estados Unidos.
Apesar de nos Estados Unidos ser frequente o pagamento de danos por parte das companhias construtoras de automóveis, assim como em casos de acidentes rodoviários, o valor atribuído neste processo é um dos mais elevados de sempre.
Após a sentença proferida na sexta-feira por um júri do condado de Gwinnett, a Ford indicou no domingo ao portal do Wall Street Journal que pretende recorrer por falta de "consistência" relativamente às provas apresentadas.
A empresa de automóveis não quis prestar mais comentários.
O caso diz respeito a um veículo - modelo ‘pickup’ F-250 Super Duty - que capotou na sequência de um furo num pneu. A capota cedeu, o que provocou a morte dos dois ocupantes, numa estrada do estado da Geórgia.
Na sequência do acidente, os dois filhos do casal acusaram a Ford, apontando um defeito na construção da viatura que, segundo documentos publicados na imprensa norte-americana, se repetiu em dezenas de outros acidentes semelhantes.
Durante o julgamento, que se prolongou durante três semanas, os advogados da Ford citaram vários estudos sobre a segurança do carro que afirmam demonstrar que a capota era suficientemente "forte" para suportar o impacto.
Mesmo assim, o júri considerou que a firma de Dearborn (Michigan) é responsável.
De acordo com documentos citados durante o processo, a Ford fabricou cerca de cinco milhões de veículos do género entre 1999 e 2016, antes da inclusão de peças de reforço da capota, em 2017.
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