Economia

Andrés Ortolá, diretor-geral da Microsoft em Portugal: “O típico líder de PME não é um líder da economia digital”

21 agosto 2022 19:47

José Fernandes

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Fotojornalista

Novo responsável da empresa americana em Portugal considera que, com mais literacia digital nas pequenas e médias empresas, a economia "ganha em resiliência e produtividade". É uma das suas apostas para o mercado português.

21 agosto 2022 19:47

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Andrés Ortolá chegou a Manila em agosto de 2019 para liderar a Microsoft nas Filipinas, e mal podia adivinhar que iria passar por dois confinamentos. Um primeiro provocado pelos gases de um vulcão e um segundo bem mais longo devido à covid-19. E foi nesta segunda vez que aproveitou para fazer a diferença: “A justiça estava paralisada. Disponibilizámos videoconferências seguras, para que pudessem ser inquiridas 110 mil pessoas que estavam presas. Nesse grupo havia 6000 menores. É uma definição perfeita de como usar a Microsoft para ter benefício”, recorda. Na gigante do software o feito não passou em vão. Passados três anos, Ortolá é o novo diretor-geral da delegação portuguesa.

Mesmo passando de um mercado de 112 milhões de pessoas para outro com 10 milhões, a vinda para Lisboa assume contornos de promoção: “Fazemos mais negócio em Portugal que nas Filipinas. Se compararmos números absolutos, vemos que o negócio em França é maior… mas também se trata de um país com PIB e empresas maiores. Portugal não tem empresas tão grandes, mas é importante em startups e nativos digitais... e tem a segunda delegação da Microsoft na Europa, com 1500 profissionais. Só a delegação de Dublin é maior”, explica o gestor argentino.