Portugal registou um défice externo de 3215 milhões de euros no final do primeiro semestre do ano, o que representa o pior valor desde 2011, segundo os dados divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal (BdP).
No final do primeiro semestre de 2011 o défice externo português era de 6960 milhões de euros.
O valor registado na primeira metade do ano compara com um défice de 721 milhões no mesmo período do ano passado.
Analisando apenas o mês de junho, a balança corrente e de capital até atingiu um excedente, de 526 milhões de euros, tendo melhorado o resultado que Portugal registava em maio (défice de 3741 milhões de euros).
O excedente registado em junho representa um aumento de 271 milhões de euros face ao mesmo mês de 2021.
"Esta subida do excedente da balança corrente e de capital deveu-se ao acréscimo dos excedentes das balanças de serviços, de rendimento primário e de capital, que foram parcialmente contrabalançados pelo crescimento do défice da balança de bens e pela redução do excedente da balança de rendimento secundário", indica a instituição liderada por Mário Centeno.
Quanto à balança de bens, em junho houve um aumento do défice para 2119 milhões de euros graças ao crescimento das importações superior ao das exportações em relação a junho de 2021 (40,6% e 36,4%, respetivamente).
"As exportações e as importações de serviços aumentaram, respetivamente, 76,5% e 44,8% relativamente a junho de 2021. Para esta subida contribuíram, em particular, as rubricas de viagens e turismo, de outros serviços fornecidos por empresas e de transporte aéreo", lê-se na nota do BdP.
No caso das viagens e turismo, o excedente desta rubrica aumentou 898 milhões de euros, para 1280 milhões de euros.
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