Economia

Países ricos do Médio Oriente ganharão mais 1,3 biliões de dólares com os lucros do petróleo

Países ricos do Médio Oriente ganharão mais 1,3 biliões de dólares com os lucros do petróleo
Angus Mordant

Segundo o FMI, os países ricos em energia do Médio Oriente vão ganhar cerca de 1,3 biliões de dólares até 2026 graças aos lucros obtidos pelas petrolíferas à boleia dos preços mais altos das matérias-primas

Os países ricos em matéria de energia no Médio Oriente deverão ganhar 1,3 biliões de dólares (cerca de 1,28 biliões de euros à taxa de câmbio atual) em receitas adicionais nos próximos quatro anos graças aos ganhos que as petrolíferas estão a ter com os elevados preços da energia.

Segundo disse ao "Financial Times" Jihad Azour, diretor do Fundo Monetário Internacional para o Médio Oriente e Norte de África, os exportadores de petróleo e gás da região, particularmente os Estados do Golfo, "verão receitas petrolíferas cumulativas adicionais de 1,3 biliões de dólares até 2026" .

As projeções sublinham que o aumento dos preços da energia após a guerra na Ucrânia está a impulsionar as monarquias absolutas do Golfo, enquanto o resto do mundo luta contra o aumento da inflação.

Como escreve o jornal, o Golfo é onde se encontram alguns dos maiores exportadores mundiais de petróleo e gás, e de vários dos seus fundos soberanos, como o Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita, a Autoridade de Investimento do Qatar, a Autoridade de Investimento de Abu Dhabi, Mubadala e ADQ, entre outros.

Azour disse que era importante que os Estados do Golfo utilizassem os mais recentes ganhos inesperados para "investir no futuro", incluindo os preparativos para a transição energética global.

"É um momento importante para acelerar em setores como a tecnologia [a nível interno], pois isto é algo que lhes permitirá aumentar a produtividade", disse. "Além disso, a sua estratégia de investimento poderia beneficiar do facto de os preços dos ativos terem melhorado para novos investidores, e a capacidade de aumentar a sua quota de mercado em certas áreas são também oportunidades", acrescentou.

O responsável disse ainda que era fundamental que mantivessem a disciplina fiscal, para estarem menos dependentes da economia do petróleo. Tradicionalmente estes países estão muito dependentes do petróleo, o que leva a sua economia a seguir as tendências de um gráfico de negociação, isto é, tanto prosperam rapidamente como caem da mesma forma.

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