Economia

E-Redes atualiza plano de investimento até 2025 para a rede de distribuição de eletricidade

E-Redes atualiza plano de investimento até 2025 para a rede de distribuição de eletricidade
PAULO ALEXANDRE COELHO

O regulador da energia colocou em consulta pública a atualização do plano da E-Redes, que prevê investimentos de 896 milhões de euros até 2025, mais 0,8% do que no plano inicial

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) abriu uma consulta pública, que decorrerá até 28 de setembro, sobre a revisão do plano de investimentos do operador da rede de distribuição de eletricidade, a E-Redes.

A legislação em vigor estipula que nos anos pares o operador da rede deve proceder à atualização dos planos já aprovados. Neste caso, a E-Redes submeteu à ERSE a atualização do Plano de Desenvolvimento e Investimento na Rede de Distribuição (PDIRD) de 2021-2025, cuja versão final foi aprovada em junho último pelo secretário de Estado da Energia.

Esse plano contemplava para esses cinco anos investimentos de 889 milhões de euros. A revisão agora em consulta pública aponta para 896,4 milhões de euros de investimento no quinquénio, ou seja, mais 0,8%.

No entanto, no período de 2023 a 2025 a E-Redes mantém os mesmos 550 milhões de euros de investimento que previa anteriormente.

A empresa admite que o plano não sofre grandes alterações, havendo apenas alguns ajustamentos relativos aos próximos três anos, com cortes de investimento em algumas áreas, para permitir reforçar as despesas noutras.

Assim, na versão revista do plano a E-Redes prevê um reforço de 23,1 para 24,7 milhões de euros do investimento anual em segurança de abastecimento, e também o vetor de eficiência operacional tem um reforço de 13,9 para 14,4 milhões de euros no investimento anual.

Já a qualidade de serviço é alvo de um corte no investimento anual de 44,1 para 42,7 milhões de euros e o vetor de eficiência de rede tem também um ligeiro decréscimo no investimento anual previsto até 2025.

Entre os exemplos dados pela E-Redes, na versão atualizada do plano há um reforço de 3,5 milhões de euros até 2025 em sistemas inteligentes de supervisão, já que as subestações "são um potencial alvo de ameaças à segurança ciber-física". Há também um reforço de 7 milhões no programa de renovação da rede que foi afetada por incêndios, bem como mais 5 milhões de euros para a gestão das faixas de combustível (limpeza de terrenos junto às linhas de eletricidade e subestações.

Em contrapartida, a E-Redes deixa vários exemplos de reduções de investimento. A recalendarização de alguns projetos permitirá economizar 2,2 milhões de euros, o programa de melhoria da qualidade de serviço técnica leva um corte de 4 milhões de euros e o programa de renovação de transformadores leva também uma "tesourada" de 5,3 milhões de euros face aos investimentos inicialmente previstos.

"Nesta atualização foram mantidos os valores máximos anuais de transferências para exploração recomendados no parecer da ERSE à proposta inicial do PDIRD-E 2020, estando por isso também concordantes com os valores anuais de investimento apresentados na versão final daquele plano", realça a E-Redes.

Recorde-se que a versão final daquele plano, no valor de 889 milhões de euros, resultou de uma proposta revista pela E-Redes, depois de a versão inicial, no montante de 1008 milhões de euros, ter recebido um parecer crítico do regulador de energia.

O plano, conforme a versão agora em consulta pública, prevê que a rede explorada pela E-Redes alcance 404 subestações em alta e média tensão em 2025, mais oito do que atualmente, além de 9143 quilómetros de rede aérea (mais 219 quilómetros do que hoje) e 578 quilómetros de rede subterrânea (mais 45 do que a existente atualmente).

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mprado@expresso.impresa.pt

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