Saídos os resultados do segundo trimestre de 2022, o balanço não é positivo para as mineradoras norte-americanas de Bitcoin, a criptomoeda mais popular. E não é de admirar, dado o ano catastrófico que os ativos digitais criptográficos estão a ter.
Segundo a Bloomberg, as três maiores empresas de mineração cotadas nos Estados Unidos apresentaram prejuízos de mais de mil milhões de dólares (cerca de 979 milhões de euros) devido à desvalorização das criptomoedas nos mercados nos meses em questão.
No segundo trimestre, a Core Scientific perdeu 862 milhões de dólares (843 milhões de euros). A Marathon Digital Holdings reportou um prejuízo de 192 milhões de dólares (188 milhões de euros). E a Riot Blockchain fechou o trimestre com perdas de 366 milhões de dólares (358 milhões de euros), segundo a agência. Todas foram obrigadas a refletir no balanço o valor atual dos ativos digitais em carteira, muito abaixo no fim de junho face ao que valiam no início do trimestre.
Segundo a Bloomberg, as mineradoras têm vindo a ser obrigadas a vender as suas reservas de criptomoeda com o mercado em baixa para fazer face a custos operacionais e a pagamentos de empréstimos. E isto a um ritmo maior do que o que "produzem" novas Bitcoins através da mineração.
A mineração, a atividade principal destas empresas, é um processo de criação de novas unidades desta "moeda" digital que implica a confirmação de transações através de processos de resolução criptográfica que exigem um enorme poder computacional.
Ainda assim, estas perdas estão muito longe das incorridas por outras empresas símbolo do mercado 'cripto', como a corretora Coinbase, que apresentou um prejuízo de 1,1 mil milhões de dólares (1,1 mil milhões de euros) no segundo trimestre.
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