Economia

Fundo Elliott sai do SoftBank e do Twitter

Paul Singer, fundador do 'hedge fund' Elliott Management
Paul Singer, fundador do 'hedge fund' Elliott Management
Thos Robinson/Getty Images
O hedge fund Elliot Management está praticamente de saída do SoftBank após "perder a fé" no fundador, Masayoshi Son. E saiu do Twitter no momento em que Elon Musk fez a sua oferta

O hedge fund (em português, fundo de cobertura) Elliott Management está praticamente de saída do grupo japonês SoftBank e já saiu totalmente do capital da rede social norte-americana Twitter.

Segundo o "Financial Times", o investidor norte-americano tinha comprado anteriormente até 2,5 mil milhões de dólares (cerca de 2,4 mil milhões de euros ao câmbio atual) no grupo japonês e agora abandonou quase toda a sua posição.

O fundo terá perdido a convicção no bilionário fundador do grupo japonês, Masayoshi Son, e na sua capacidade de acabar com a enorme lacuna entre o valor das várias participações do SoftBank e a sua capitalização de mercado.

Não é certo o momento que o fundo vendeu quase toda a sua participação no SoftBank, mas fonte do jornal indicou que a operação ocorreu no início de 2022, quando as ações de tecnologia, incluindo o SoftBank, estavam perante uma onda de desvalorização. Já em 2021 Elliot Management tinha vendido uma parte significativa da sua posição no grupo japonês, com lucro.

Mas o fundo não está de saída apenas do banco. Os mais recentes documentos financeiros, do segundo trimestre, mostram que o Elliot Management não possui mais nenhuma ação do Twitter, segundo escreve a "Reuters".

No final do primeiro trimestre o fundo - que há dois anos pressionou o Twitter por grandes mudanças - detinha 10 milhões de ações da rede social. A saída deu-se, portanto, no segundo trimestre, após o anúncio de Elon Musk de querer comprar a rede social.

Até ao momento, o hedge fund não comentou.

O fundo Elliott, recorde-se, chegou a ser acionista de referência da EDP, depois de a elétrica portuguesa ter sido alvo de uma oferta pública de aquisição por parte da sua maior acionista, a China Three Gorges. Entretanto o fundo liderado por Paul Singer deixou de ter qualquer participação qualificada na EDP.

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