Fundo Elliott sai do SoftBank e do Twitter

O hedge fund (em português, fundo de cobertura) Elliott Management está praticamente de saída do grupo japonês SoftBank e já saiu totalmente do capital da rede social norte-americana Twitter.
Segundo o "Financial Times", o investidor norte-americano tinha comprado anteriormente até 2,5 mil milhões de dólares (cerca de 2,4 mil milhões de euros ao câmbio atual) no grupo japonês e agora abandonou quase toda a sua posição.
O fundo terá perdido a convicção no bilionário fundador do grupo japonês, Masayoshi Son, e na sua capacidade de acabar com a enorme lacuna entre o valor das várias participações do SoftBank e a sua capitalização de mercado.
Não é certo o momento que o fundo vendeu quase toda a sua participação no SoftBank, mas fonte do jornal indicou que a operação ocorreu no início de 2022, quando as ações de tecnologia, incluindo o SoftBank, estavam perante uma onda de desvalorização. Já em 2021 Elliot Management tinha vendido uma parte significativa da sua posição no grupo japonês, com lucro.
Mas o fundo não está de saída apenas do banco. Os mais recentes documentos financeiros, do segundo trimestre, mostram que o Elliot Management não possui mais nenhuma ação do Twitter, segundo escreve a "Reuters".
No final do primeiro trimestre o fundo - que há dois anos pressionou o Twitter por grandes mudanças - detinha 10 milhões de ações da rede social. A saída deu-se, portanto, no segundo trimestre, após o anúncio de Elon Musk de querer comprar a rede social.
Até ao momento, o hedge fund não comentou.
O fundo Elliott, recorde-se, chegou a ser acionista de referência da EDP, depois de a elétrica portuguesa ter sido alvo de uma oferta pública de aquisição por parte da sua maior acionista, a China Three Gorges. Entretanto o fundo liderado por Paul Singer deixou de ter qualquer participação qualificada na EDP.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: piquete@expresso.impresa.pt
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes