As emissões de gases com efeito de estufa na União Europeia (UE) no primeiro trimestre cifraram-se em 1029 milhões de toneladas equivalentes de CO2 (dióxido de carbono), o que está ainda aquém do registo pré-pandemia, já que no primeiro trimestre de 2019 as emissões ascenderam a 1035 milhões de toneladas.
Os números avançados esta terça-feira pelo Eurostat, o organismo estatístico da UE, indicam, ainda assim, que as emissões de janeiro a março de 2022 estão 6% acima das registadas no mesmo período de 2021 e 7% acima de 2020, trimestres em que a pandemia de Covid-19 teve impacto na atividade económica, nos transportes e no consumo de energia.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2021, Bulgária (aumento de 38%), Malta (21%) e Irlanda (20%) apresentam os maiores aumentos de emissões, estando Portugal em sétimo lugar em termos de aumento das emissões de gases com efeito de estufa. A Holanda destaca-se, em sentido contrário, como o Estado-membro com a maior redução de emissões (9%).
"No primeiro trimestre de 2022 os setores económicos responsáveis pela maior parte das emissões de gases com efeito de estufa foram a habitação (24%), fornecimento de eletricidade e gás (21%) e indústria (20%), seguidos da agricultura (12%) e transporte e logística (10%)", indica o Eurostat.
A mesma fonte informa que as emissões aumentaram em todos os setores em relação a 2021, exceto na habitação, que manteve emissões de 245 milhões de toneladas equivalentes de CO2. O setor de transporte e logística teve o maior aumento homólogo das emissões (21%), seguido da atividade de mineração (15%) e da construção (11%).
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