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Crise China-Taiwan: Pequim ameaça comércio mundial

Crise China-Taiwan: Pequim ameaça comércio mundial
Annabelle Chih/Getty Images

O comando militar chinês decidiu continuar com as manobras aéreas e navais de controlo do estreito da Formosa por onde passa quase metade do trânsito mundial de navios porta-contentores. Pequim ensaia um bloqueio à terceira economia mais sofisticada do mundo que domina nomeadamente as cadeias globais de circuitos integrados e da ótica

Pequim prosseguiu esta semana com as manobras militares de controlo do estreito da Formosa e de cerco a Taiwan, a terceira economia mais sofisticada do mundo que domina as cadeias de circuitos integrados, ótica, folha de cobre e aço laminado. Os exercícios do comando chinês do 'Teatro Oriental (de operações)' desenvolvem-se, sem data ainda para terminar, num dos mais importantes estreitos do mundo, por onde passa 48% do trânsito mundial de navios porta-contentores.

A resposta da China à visita, na semana passada, a Taipé de Nancy Pelosi, a presidente da Câmara de Representantes do Congresso norte-americano, projeta o risco de um recuo significativo da globalização na Ásia e introduz mais incerteza e disrupções nas cadeias globais de fornecimento com origem ou destino naquela parte do globo. No corredor asiático de rotas do comércio mundial entre o estreito de Malaca, o mais importante do mundo, e o estreito da Formosa (nome de batismo dado pelos portugueses em 1542 à ilha conhecida como Tayuan numa das línguas locais), ficam nove dos principais 20 portos do mundo. E, nomeadamente, três dos cinco mais relevantes no comércio mundial marítimo: Singapura (no estreito de Malaca), Busan (na Coreia do Sul) e Xangai (na China).

Alguns analistas geopolíticos dizem que a visita de Pelosi abriu a "contagem decrescente" para a integração de Taiwan - considerada por Pequim como uma "província rebelde" - na China comunista e um livro lançado este mês, intitulado "Zona de Perigo", avisa que o que está em curso é um "sprint" nesta década para a hegemonia da região. Os dois académicos norte-americanos, Michael Beckley e Hal Brands, autores do livro, consideram que os anos 20 do século XXI encarnam "um momento de perigo máximo".

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