Economia

Com as barragens em mínimos, Noruega limita exportações de energia para a Europa

Imagens de barragens secas como as que assistimos este inverno poderão vir a tornar-se mais habituais devido à diminuição da precipitação
Imagens de barragens secas como as que assistimos este inverno poderão vir a tornar-se mais habituais devido à diminuição da precipitação

Noruega gera abundante energia a partir de centrais hidroelétricas. Com as barragens em níveis mínimos desde 1996, o Governo vai limitar as exportações de eletricidade para a Europa

A Noruega, país cujo relevo e recursos hídricos lhe permitem gerar abundante energia a partir de centrais hidroelétricas, vai dar prioridade à reposição dos níveis das barragens, caso estas desçam abaixo de níveis médios correspondentes à altura do ano, o que compromete a produção de energia para exportar para a Europa, segundo o "Financial Times" desta terça-feira, 9 de agosto.

Significa menos uma fonte de energia para um continente altamente necessitado dela, às portas de um inverno que terá racionamento de eletricidade e preços nas nuvens para consumidores.

A decisão é do governo de centro-esquerda de Oslo, que está a ser pressionado devido à subida dos preços da energia no país quando este gera abundante eletricidade através de recursos próprios.

Apesar desta estratégia de exportação penalizar os consumidores noruegueses, ela tem-se revelado um maná para o estado norueguês, que está a lucrar com os altos preços da energia nos mercados internacionais.

Depois de um início de ano com pouca pluviosidade, a Noruega continuou a exportar energia durante o verão, mantendo o nível das águas das barragens abaixo da média para a estação.

Ao dar prioridade ao reenchimento das barragens, a Noruega limita assim a geração de eletricidade e, desta forma, a produção de energia passível de ser exportada pelos múltiplos cabos que ligam o país escandinavo ao Reino Unido, Alemanha, Países Baixos e Dinamarca, elenca o "Financial Times".

As barragens no sul do país, onde partem os cabos, refere o jornal, estão a níveis mínimos de 1996.

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