O câmbio do euro abriu esta terça-feira já muito perto da paridade com o euro e durante a sessão já se cotou a valer 1 dólar, um nível que já não se registava desde novembro de 2002, quando fechou um ciclo de dois anos em que o euro valeu menos do que o dólar. O regresso a uma depreciação tão acentuada da moeda única não é posto de parte pelos economistas ouvidos pelo Expresso.
O movimento recente de depreciação do euro não se regista só em relação ao dólar, mas insere-se numa trajetória de desvalorização da taxa de câmbio efetiva da moeda única em relação às divisas dos parceiros comerciais da zona euro, com esta taxa a cair de 123,3 pontos em dezembro de 2020 para 114,2 no fecho de 11 de julho de 2022, segundo dados do Banco Central Europeu (BCE).
A fraqueza do euro - que, no início deste ano, ainda se cotava a 1,13 dólares - e a sua perda de atratividade como moeda "segura" para os investidores internacionais é fruto de uma "confluência" recente de fatores negativos, como sublinha Diogo Martins, investigador do Observatório sobre as Crises e Alternativas do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.
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