Economia

De Lisboa a Seia: os 10 municípios onde as casas valem mais e os outros 10 onde valem menos

De Lisboa a Seia: os 10 municípios onde as casas valem mais e os outros 10 onde valem menos

Tal como em dezembro, em janeiro Lisboa voltou a ter a avaliação das casas mais alta e Seia a mais baixa. No “top 10” dos municípios com as casas mais caras os preços não param de subir, mas entre os 10 mais baratos houve descidas no valor do metro quadrado

Em janeiro, o valor mediano de avaliação bancária da habitação em Portugal, divulgado esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), foi de 1.292 euros por metro quadrado (m2) e no Algarve, Área Metropolitana de Lisboa e Alentejo Litoral o valor foi superior à média nacional. Mais uma vez, o “top 10” dos concelhos com as casas avaliadas com preços mais caros tem mais concelhos da região de Lisboa do que de qualquer outra região do país.

O valor mediano de avaliação bancária alcançou os 1.292 euros por m2 em janeiro, mais sete euros que o observado em dezembro. Face ao mesmo mês de 2021, a variação fixou-se em 10,4%, menos do que a variação do mês anterior.

Evolução do valor mediano de avaliação bancária em Portugal

Desde agosto de 2021 que o valor mediano da habitação bancária tem vindo a subir sem parar. Os 1.292 euros por m2 registados em janeiro marcam um novo máximo histórico em Portugal.

Se quisermos observar um decréscimo no índice, é preciso recuar a março de 2020 - mês em que se registou o primeiro caso de covid-19 em Portugal - altura em que o valor mediano desceu de 1.111 euros por m2 (em fevereiro) para 1.110 (em março).

Mercado "quente" em Lisboa e no Algarve

Em Lisboa e no Algarve o mercado está mais quente que nunca, com as avaliações a crescer sem parar. Mas um pouco por todo o país - do Alentejo ao Norte - há concelhos que sobrevivem à grande pressão dos preços no mercado.

Lisboa é, de longe, o concelho em que as casas foram avaliadas pelos bancos com o valor mediano mais elevado: 3.277 euros por m2, mais 62 euros que no mês anterior. A capital tem uma diferença de mais de 700 euros para o concelho que ocupa a segunda posição, Cascais (2.507 euros por m2), e está também acima de Oeiras (2.466 euros), apresentando ainda uma diferença de mais 1.400 euros para o último entre os 10 concelhos onde as casas valem mais, a Amadora (1.849 euros).

Neste "top 10", além de Lisboa, Cascais e Amadora encontramos mais dois concelhos que pertencem à AML: Oeiras (2.483 euros por m2) e Odivelas (1.931).

Face a dezembro, saiu Loures deste "top 10", com a entrada de um concelho algarvio: Tavira (1.875). Tavira junta-se assim a Loulé (2.189 euros euros por m2), Albufeira (1.964) e Lagos (1.878).

Fora do Algarve e da AML apenas o Porto entra neste "top 10", ao apresentar um valor mediano de 2.147 euros por m2.

No geral, todos estes dez municípios viram o valor mediano da avaliação bancária subir face a dezembro do ano passado.

Os dez municípios com as avaliações mais baixas

Seia é, tal como em dezembro, o município onde as casas registaram a avaliação bancária por m2 mais baixa do país em janeiro: 563 euros por m2, menos sete euros que em dezembro. Segue-se, de perto, Abrantes, onde o m2 foi avaliado em 652 euros.

Fundão, que em dezembro ocupava o segundo lugar com 585 euros por m2, viu uma subida de mais de 100 euros para 694 euros por m2.

Além de Seia e Fundão, há alguns concelhos que se repetem face ao mês anterior. É o caso de Abrantes (agora com 652 euros por m2), Celorico de Basto (659 euros), Entroncamento (690), Lamego (712), Elvas (725) e Ponte de Sor (730) - este último tem o valor mais alto entre os dez municípios com as avaliações mais baixas.

Em comparação com dezembro, Seia, Elvas e Ponte de Sor viram o valor baixar, enquanto em Celorico de Basto, Abrantes, Entroncamento, Fundão e Lamego o valor aumentou.

Em Mangualde e Reguengos de Monsaraz não é possível comparar com o mês de dezembro por o INE não ter dados desses concelhos relativos a esse mês. Em Reguengos de Monsaraz o último valor disponível é de novembro (e houve uma diminuição de 702 para 676 euros por m2) e em Mangualde só há dados de agosto (e houve uma subida de quatro euros por m2, para 703).

Numa comparação entre Seia e Lisboa, a diferença entre estes dois municípios a cerca de 300 quilómetros de distância é de mais de 2.600 euros por m2.

Nota: Dos 308 concelhos portugueses, não há dados disponíveis de janeiro de 169, logo a presente análise tem como base os valores de apenas 139 concelhos

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: rrrosa@expresso.impresa.pt

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