Economia

Nos aviões, será preciso vacina ou teste rápido?

Nos aviões, será preciso vacina ou teste rápido?
Ana Baião

Vai haver novas rotinas nas viagens de avião por causa da covid-19. Por cá apela-se a testes rápidos antes do embarque

1. Vai ser obrigatório ser vacinado para viajar de avião?

Para já, não é uma questão que esteja em cima da mesa, mas há uma transportadora australiana, a Qantas, que veio afirmar esta semana que irá exigir que os passageiros dos voos internacionais sejam previamente vacinados, de modo a prevenir o contágio com covid-19. Este é um requisito que a companhia afirma que irá impor assim que a vacina estiver disponível ao público. “Estamos a considerar alterar os nossos termos e condições para os viajantes internacionais, para lhes dizer que vamos exigir que as pessoas sejam vacinadas antes de poderem embarcar no avião”, admitiu o presidente da Quantas, Alan Joyce. O gestor defendeu ainda que esta será uma tendência no sector.

2. Em Portugal, o que irá acontecer?

A incerteza sobre a dimensão da retoma dos voos mantém-se, e ninguém sabe ao certo quando estará disponível a vacina de forma generalizada e a preços acessíveis. Também por isso, as companhias aéreas têm estado a batalhar pela realização de testes rápidos. Essa é, aliás, a proposta que a Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA) defende. Entretanto, a Associação das Companhias Aéreas em Portugal (RENA) propôs esta semana a realização de “testes antigénio rápidos” a todos os passageiros antes do embarque, uma alternativa às quarentenas e ao encerramento de fronteiras. Até agora, apenas algumas regiões avançaram com a obrigatoriedade de testes. A Madeira e os Açores têm exigido a realização de testes para quem viaja para as suas ilhas, feitos antes ou à chegada.

3. O que propõem as companhias aéreas?

As companhias que operam em Portugal consideram que é uma medida que terá de ser tomada por consenso entre todos os países, tem de ser aplicada a nível global, com normas acordadas no âmbito de uma instituição internacional, e feita com o acordo dos Estados. A logística para ser eficaz, avançam, terá ser coordenada pelos aeroportos. E os testes devem ser feitos por profissionais da área da saúde. A RENA aponta requisitos a cumprir: os testes devem ser certificados por autoridades nacionais ou internacionais, têm de ter resultados em 20 minutos e haver em escala suficiente para serem feitos na ordem das várias centenas por hora.

4. Quanto custam os testes e quem vai pagar?

A nova geração de testes rápidos custará menos de €10 por unidade, estima a RENA. Uma das questões relevantes nesta equação é quem os vai pagar. À partida serão os passageiros a cobrir os custos dos testes, mas poderá haver vários modelos. No verão nos Açores, por exemplo, quem pagava os testes à covid-19 era o Governo Regional. Há outras experiências em que quem suporta o teste inicialmente é o passageiro, e depois o valor é transformado em vouchers para usar em compras no comércio local. As companhias estão disponíveis para cobrar os bilhetes aos passageiros. E como se passaria o processo? A RENA explica que os passageiros receberiam o resultado do teste antes do embarque, e depois só poderia embarcar quem tivesse resultado negativo.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: ACampos@expresso.impresa.pt

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