Economia

Covid-19. Portugueses travam nos gastos e aumentam depósitos

Covid-19. Portugueses travam nos gastos e aumentam depósitos
José Carlos Carvalho

De acordo com dados do Banco de Portugal, as responsabilidades à vista dos clientes bancários particulares somavam 66.670 milhões de euros, no final de abril. Este valor é quatro mil milhões de euros mais elevado do que o dinheiro parado nas contas no final de 2019

Expresso

A pandemia deixou os portugueses em estado de alerta financeiro. Durante os últimos meses, foram muitos aqueles que puseram um travão nos gastos ou nas aplicaçãoes de risco. Segundo o “Jornal de Negócios” esta terça-feira, o dinheiro à ordem nas contas bancárias disparou, superando os 66 mil milhões de euros.

De acordo com dados do Banco de Portugal, as responsabilidades à vista dos clientes bancários particulares somavam 66.670 milhões de euros, no final de abril. Este valor é quatro mil milhões de euros mais elevado que o dinheiro parado nas contas no final de 2019. Mais: este montante representa 43,3% do dinheiro confiado, no final de abril, pelos portugueses aos bancos nacionais: 153,9 mil milhões de euros.

“Numa crise, sobretudo no seu início, o comportamento mais frequente e compreensível é a prudência associada à aversão ao risco. Por isso, é natural que se opte por escolhas mais conservadoras e que sejam facilmente mobilizáveis”, explica Filipe Garcia, analista do IMF, ao jornal.

“Há poucos incentivos a aplicar em depósitos a prazo”, daí que “muitos portugueses não se deem ao trabalho de aplicar a taxas tão baixas. Mas, como querem ter acesso ao dinheiro, também tendem a não aplicar em outros produtos financeiros”, diz o analista.

As aplicações em depósitos com prazos acordados aumentaram no período da pandemia. As novas operações somaram 4.151 milhões de euros, em abril, colocando o “stock” acumulado nestas aplicações em 87.226 milhões, mais 157 milhões de euros do que no final de 2019.

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