Os sindicatos estão preocupados com a possibilidade de o lay-off se poder prolongar já que afirmam que isso "iria agravar ainda mais a situação financeira de largas franjas dos trabalhadores das empresas do Grupo TAP, que viram os seus rendimentos mitigados bem acima de um terço do que o regime de layoff previa". Lamentam ainda não ter os mesmos benefícios fiscais que as empresas. "Não podemos ignorar que, enquanto as empresas foram dispensadas do pagamento dos impostos, aos trabalhadores nada foi perdoado".
Em comunicado conjunto, os quatro sindicatos sublinharam que a reunião com o conselho de administração da TAP, liderado por Miguel Frasquilho, decorreu "num ambiente de franqueza e cordialidade". O encontro reuniu o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), o Sindicato dos Técnicos de Manutenção da Aeronaves (Sitema) e o Sindicato Nacional dos Engenheiros e Engenheiros Técnicos (SNEET).
O conselho de administração (CA) deixou uma mensagem tranquilizadora sobre o mais do que provável processo de reestruturação da companhia na sequência da luz verde de Bruxelas a um empréstimo de até 1,2 mil milhões. "Por parte do CA foi comunicado que tudo será feito para a viabilização da empresa e a manutenção dos postos de trabalho".
A administração da TAP, dizem ainda os sindicatos, garantiu que "o aumento da operação da TAP irá começar a verificar-se de imediato, reforçando-se significativamente nos meses de julho e agosto".
"Os signatários fizeram saber ao CA que esperam que da parte do acionista maioritário tudo seja feito no sentido de garantir a continuidade de todas as empresas do Grupo TAP, mantendo a sua capacidade de modo a poder continuar a servir o país e a diáspora, alimentando o importante setor do turismo e assim cumprir o seu desígnio nacional de contribuir para a melhoria das condições económicas do país".
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