23 novembro 2019 18:44
O Novo Banco tinha condições para pedir de volta os quase €10 milhões que tinha emprestado à Reditus, empresa de consultoria e serviços de tecnologias da informação que tem em Miguel Pais do Amaral o maior acionista. Os seus financiamentos tinham uma cláusula que permitiria fazê-lo caso determinados acionistas reduzissem a sua participação, como efetivamente aconteceu. Só que o Novo Banco não tomou essa decisão. O banco está, sim, a negociar a reestruturação destes créditos na plataforma partilhada com outros bancos, onde está presente outro credor da Reditus, o BCP. A empresa acredita que está para breve uma solução. Mas este não é o único problema, já que está também sob vários processos em tribunal, nomeadamente contra trabalhadores.
O ponto de partida é um: desde o início de 2018 que a Reditus, depois de vender a consultora Roff, está mergulhada num “plano de reestruturação financeira global do passivo bancário”, como a empresa admite ao Expresso. A dívida bancária líquida ascendia, em junho deste ano, a cerca de €58 milhões. O objetivo deste plano é “reestruturar toda a dívida bancária, sendo que se mantêm em curso as negociações com os bancos”, assumindo a empresa que estas “estão bastante avançadas”. No ano passado, a Reditus já tinha feito uma redução do capital de €59 milhões, para limpar as perdas já acumuladas do passado. Mas no presente continua endividada.
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