A líder parlamentar do PS criticou esta quinta-feira os deputados que chumbaram os nomes para os vários órgãos externos dizendo que se está perante um "bloqueio" ao "funcionamento de outras instituições" por parte da Assembleia da República.
Ana Catarina Mendes referiu que tinha com "outras bancadas", não nomeando quais, um acordo de cavalheiros que não foi cumprido. "Havia um reconheciumento de que não inviabilizariam a votação", disse aos jornalistas depois de conhecidos os resultados das votações que decorreram durante esta quinta-feira. "Não haveria a sujeição à humilhação se não tivesse havido por parte de algumas bancadas a indicação de que não inviabilizariam", reforçou. "Havia um mínimo de garantia de que estes órgãos seriam todos eleitos hoje".
Agora, a socialista diz que cabe aos próprios a decisão de quererem ou não ir a votos de novo. Para que sejam aprovados, os nomes para o Tribunal Constitucional, Conselho Económico e Social e Conselho Superior da Magistratura têm de ser aprovados por dois terços dos deputados. Uma votação que ficou longe de ser conseguida, até porque nem todos os deputados socialistas votaram a favor dos nomes indicados pelo próprio partido.
Para Ana Catarina Mendes esta votação - não excluindo de responsabilidades os deputados socialistas que não votaram favoravelmente - levanta um problema maior: "O que mais me preocupa é mesmo o funcionamento da nossa democracia". "A pluralidade democrática não pode bloquear o funcionamento" das instituições, frisou, relembrando que a lista para o Conselho Superior de Magistratura, por exemplo, era uma lista em conjunto com o PSD.
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