17 junho 2009 11:23
Em Abril e Maio a ocupação hoteleira nesta zona da costa mexicana bateu no fundo devido à epidemia da gripe. Dos 41 hotéis que encerraram no mês passado, 26 já reiniciaram as operações.
17 junho 2009 11:23
Os apelos nas placas dos hotéis de Cancun parecem bizarros: "Por favor, não ocupe as cadeiras sem uso com toalhas em cortesia com os outros hóspedes". Dimensionados para acolher milhares de turistas, é quase fantasmagórico ver agora fileiras intermináveis de cadeiras vazias junto à praia. Em Maio, 41 hotéis desta zona da Riviera Maya fecharam as portas, na sequência das quebras sofridas com a declaração da epidemia de gripe no México, mas 26 já voltaram a abrir desde o início de Junho.
Em Abril, a ocupação dos hotéis de Cancun não foi além dos 14,8%, segundo dados da Secretaria de Turismo, que também avançou que a epidemia podia traduzir-se em prejuízos da ordem dos 14 mil milhões de dólares em receitas turísticas - e ainda na perda de 150 mil a 250 mil postos de trabalho. "Abril marcou um precedente nos hotéis da região, que estavam a crescer 9% no primeiro trimestre de 2009. E Maio será para esquecer", salienta Sara Latife Ruiz Chavez, secretária de Turismo do estado de Quintanarroo, onde se localiza Cancun.
Segundo a responsável de turismo deste estado do México, a gripe e as respectivas contingências sanitárias trouxeram "um travo amargo aos mexicanos" e mais uma machadada para "uma indústria que vinha saindo de uma crise económica mundial e de uma onda de publicidade negativa, gerada pela luta do Governo mexicano contra a deliquência organizada".
Jorge Betancourt, por seu turno, chama a atenção para o facto do grupo Piñero ter decidido relançar as operações turísticas no México numa altura tão crítica. "Confiamos no México e no povo mexicano, que teve mais este sacríficio de enfrentar o impacto do vírus. Somos um povo capaz de superar qualquer obstáculo", garante Betancourt.