19 janeiro 2009 12:14
Nem eliminando os cartões de crédito ou usando o gás apenas no período nocturno tem servido para 'Luís' conseguir amealhar algum dinheiro. Basta um gasto imprevisto para ficar com o saldo negativo.
19 janeiro 2009 12:14
Com o novo ano, o salário mínimo subiu para os 450 euros. O repórter do Expresso Hugo Franco vai contar diariamente como é viver com este dinheiro. Não é comum o jornalista tornar-se notícia. Mas abrimos uma excepção...
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'Luís' vive com um baixo ordenado baixo. Ele conta que passou o ano de 2007 a eliminar os cartões de crédito e a desabituar-se de tocar na conta ordenado. Conseguiu. Passou o ano seguinte de 2008 a amortizar parcialmente os empréstimos, tentando chegar a um ponto em que as prestações não representassem mais de 50% do ordenado da sua mulher. Conseguiu. "Mudei hábitos. No ano passado as férias foram mais curtas, e passadas em casa emprestada no Algarve, a custo zero", frisa. No momento em que escreveu o 'post' (sábado) os filhos estão em actividades gratuitas (futebol/música), pois não há dinheiro para mais. "Não tenho TV Cabo, nem pensa ter. A Internet o telefone e tarifários Yorn Pwer SMS e Mais SMS são dos mais baratos. Temos cada um (4 pessoas) um telemóvel Nokia dos mais baratos, velhos e esfolados. Os miúdos já têm vergonha deles...", confessa. O tarifário do gás baixou nos últimos tempos, porque ele trocou de garrafa. "Custou 72 euros, quando há dois meses a outra tinha custado 81 euros", refere. A sua família procura ligar os aquecimentos apenas à noite. E ao fim-de- semana, o almoço "é feito nos sogros". Bastou um acidente doméstico ("um cano de casa entupiu e tiveram que chamar o canalizador") para gastar 200 euros este mês de Janeiro. Dinheiro que já não estava nas contas do apertado orçamento familiar.
"Porque não consigo juntar nada de dinheiro que se veja?". É a pergunta que mais repete nos últimos dois anos.