27 janeiro 2009 15:32
Vanda Farinha vive com pouco mais do que o ordenado mínimo mas a sua vida não é muito diferente daqueles que ganham 450 euros por mês.
27 janeiro 2009 15:32
Com o novo ano, o salário mínimo subiu para os 450 euros. O repórter do Expresso Hugo Franco vai contar diariamente como é viver com este dinheiro. Não é comum o jornalista tornar-se notícia. Mas abrimos uma excepção...
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Quando vai às compras ao supermercado, Vanda Farinha faz tudo para comprar apenas produtos de marca branca. Antes de sair de casa procura pelos talões de desconto e se os produtos abrangidos por esses talões são aqueles de que precisa realmente.
Quanto às frutas e legumes, ela prefere ir aos fins-de-semana às feiras, praças ou mercados. "Serve de distração. Se for possivel ir a pé não se gasta dinheiro e ainda se consegue comprar bens essencias mais baratos", explica.
É nos mercados que compra a roupa para a filha, que entrou este ano para a escola. Recentemente levou para casa cinco camisolas de lã e cinco collants por um euro a peça. E um vestido por onze euros, que é "o preço de uma peça bem baratinha nas lojas mais baratinhas". Foi deste modo que a filha "ficou pronta para o Inverno".
Vanda só toma refeições em "locais bem baratinhos". Tenta levar almoço e lanche já feito de casa para o trabalho. "Se não houver microondas levo o termo. Se não houver local para almocar, o carro ou o jardim podem servir de alternativa", conta.
E ironiza: "Já que toda a gente tem as manias da dieta porque não comer apenas sopa e fruta ao jantar? É barato, saudável e economico".
Vanda sugere ainda aos leitores que elaborem um menú com produtos que tenham na despensa, para toda a semana. "Assim não têm que matar a cabeça a pensar em refeições."
O pragmatismo leva-a procurar roupa há muito perdida no armário. "A moda funciona por ciclos. Agora usam-se novamente os vestidos. Acabei por redescobrir dois que estou a usar nesta estação".
Em casa, equanto o chuveiro não deita água quente, ela enche um balde com a àgua fria e reaproveita-a para a sanita.
Todos os meses, Vanda tenta pôr algum dinheiro de parte, "nem que sejam 5 euros". Ao final do ano serão aproximadamente 60 euros. "Não é muito mas já dá para alguma coisa", declara.
Só mexe nesse montante em caso de emergência. "Dê por onde der tem de chegar. Nem que passe todos os almoços a comer sopa".