13 setembro 2011 23:32
Poul Thomsen volta a afirmar que só um corte "substancial" na TSU poderá ter "impacto real na competitividade" portuguesa. Clique para visitar o dossiê O resgate de Portugal
13 setembro 2011 23:32
O líder do FMI para a missão da troika em Portugal reiterou hoje que a descida da taxa social única (TSU) deve ser "agressiva" e defendeu um corte equivalente a dois por cento do produto interno bruto (PIB).
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Falando a partir de Washington, numa conferência telefónica com jornalistas pelas 20:00 horas de Lisboa, Poul Thomsen reiterou que só um corte "substancial" na TSU poderá ter "impacto real na competitividade" do país.
"Nós defendemos um primeiro passo agressivo. Consideramos que um corte de dois por cento do Produto Interno Bruto (PIB) é apropriado", argumentou.
De acordo com informação hoje divulgada pelo Ministério das Finanças, uma equipa de técnicos da troika vai estar em Lisboa durante cinco dias, a partir de quinta-feira, para debater a descida da TSU e o Orçamento do Estado para 2012.
Polémica entre patrões e sindicatos
Esta é uma das medidas que constam do memorando de entendimento assinado em maio, mas que tem suscitado polémica entre patrões e sindicatos, o que levou o Governo a publicar em agosto um documento no qual apresentava várias propostas de corte nesta taxa. Todavia, a incerteza gerada do lado da receita, podendo por em causa os objetivos orçamentais, tem perpetuado a decisão final sobre a sua concretização.
"A desvalorização faz parte da nossa recomendação. É uma medida muito importante, que está incluída no programa. Mas vamos ouvir o que as autoridades têm a dizer, quando voltarmos a Lisboa para preparar o Orçamento de 2012", disse, a propósito, Poul Thomsen.