15 agosto 2012 12:57
Rebeldes reclamam a autoria de ataque à bomba em Damasco, que causou pelo menos cinco feridos, mas garantem que o alvo era a sede de um comando militar do regime.
15 agosto 2012 12:57
Uma bomba explodiu hoje perto do hotel onde estão alojados os membros da missão da ONU no centro de Damasco, capital da Síria, causando, pelo menos, cinco feridos.
Dossiê Revoltas no Magrebe e no Médio OrienteFontes governamentais adiantaram à Efe que a bomba foi colocada num camião-cisterna, atrás do hotel Dama Rose, que, por sua vez, se situa perto da sede do chefe de Estado Maior na capital Damasco.
Do ataque resultaram pelo menos cinco pessoas feridas, mas todos os observadores alojados na unidade hoteleira estão bem, garantiu o vice-ministro.
Os meios de socorro chegaram ao local da explosão, na rua Abu Rumaneh, onde estão numerosas embaixadas de países árabes e ocidentais.
A Efe constatou ainda que a zona já regressou à normalidade depois dos bombeiros terem extinto o fogo que deflagrou nalgumas viaturas.
Exército Sírio Livre queria atacar funcionários do regime
O Exército Sírio Livre (ESL) reclamou a autoria de um ataque à bomba no coração de Damasco que tinha como alvo uma reunião operacional que decorria num espaço militar.
A operação do ESL, formado por desertores e civis armados, visava atingir a sede de um comando militar, onde se realizava uma reunião de oficiais do Exército e membros da Shabiha", uma milícia pró-governo, local onde diariamente se "decidem as operações diárias de Damasco", disse à agência France Press Maher Nuwaimi, responsável da coordenação da ESL na Síria.
Citado pela Efe, o conselheiro de comunicação do comando do ESL Fahd al Masri explicou que o ataque desta manhã não era dirigido aos observadores, mas contra "um grupo de oficiais fiéis ao regime sírio".
Este responsável, que não deu mais detalhes sobre o ataque alertou que o regime do Presidente Bashar al-Assad pretende acusar os rebeldes de atos que coloquem em perigo os observadores internacionais.
Rebeldes pedem proteção especial para observadores
"Por isso, pedimos à ONU e ao Conselho de Segurança uma proteção especial para os observadores, que deveriam estar armados, de forma a garantir-se a sua segurança", declarou o porta-voz do ESL.
Em declarações à imprensa, o vice-ministro sírio dos Assuntos Exteriores, classificou a explosão junto do hotel como um "ato terrorista" para desestabilizar o país.
Nos dois últimos meses, a capital Damasco tem sido palco de explosões que o regime sírio atribui a grupos terroristas, como denomina os rebeldes do Exército Livre Sírio.
No passado dia 18 de julho, os rebeldes realizaram o maior ataque desde março do ano passado contra o regime sírio, no atentado contra a sede da Segurança Nacional, em Damasco, que custou a vida ao ministro e vice-ministro de Defesa, os generais Daud Abdelá Rayiha y Asef Shaukat, respetivamente, além de um conselheiro presidencial.