14 novembro 2012 8:08

Cais do Sodré deserto hoje de manhã
nuno fox (fotografia tirada por telemóvel)
FECTRANS assegura que a greve de hoje está a ter uma adesão em massa. Metropolitano de Lisboa está parado.
14 novembro 2012 8:08
Os primeiros dados da greve geral nos transportes apontam para uma forte adesão quer no setor público quer no privado, adiantou hoje à agência Lusa fonte da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações.
"Tendo como referência as últimas três greves podemos dizer que a de hoje é a que regista uma maior adesão quer no sector privado quer no sector público, com alguns transportes a registarem 100% como o Metropolitano [de Lisboa] e uma paralisação quase total na CP e nos transportes rodoviário e fluvial", disse à Lusa José Manuel Oliveira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS).
O sindicalista disse que a esta hora (cerca das 7h), "é muito difícil" dar uma percentagem exata da adesão à greve nos transportes porque ainda está a receber informação de outras empresas espalhadas pelo país.
Serviços mínimos
"Contudo, posso dizer que o Metro está parado, o transporte fluvial está reduzido aos serviços mínimos quer no rio Tejo quer no Sado, a CP nem sequer está a conseguir fazer aquilo que são os serviços mínimos. Temos os Transportes Sul do Tejo (TST) com 90% de adesão e a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) com 100%", disse.
De acordo com José Manuel Oliveira, a Rodoviária de Entre Douro e Minho, em Braga está a trabalhar com serviços mínimos, a rodoviária da Beira litoral, em Coimbra com 95% e os transportes urbanos de Coimbra com 90%.
"A Carris em Santo Amaro está com 70% de adesão e na Pontinha, apesar da intervenção da polícia que carregou sobre o piquete de greve, só tinham às 7h saído 20 autocarros", contou.
No que diz respeito aos portos e controlo de navegação marítima e dos centros operacionais de correios, a FECTRANS refere que está a ser registada uma adesão superior a 85% em Lisboa, Coimbra e Porto.
De acordo com a FECTRANS, a maioria dos estabelecimentos da REFER estão na sua maioria encerrados e os que funcionam, apenas estão a assegurar os serviços mínimos.
A FECTRANS registou também vários tumultos envolvendo as forças de segurança e piquetes de greve na estação rodoviária da Pontinha, nas instalações da Vimeca/Lisboa transportes e na estação ferroviária da Pampilhosa, Mealhada, "impedindo que se exercesse o direito previsto na lei".
Um dos elementos do piquete que foi agredido pela GNR na Pampilhosa teve de receber tratamento hospitalar.