ARQUIVO Homicídio de Carlos Castro

Processo Renato Seabra entra na fase decisiva

8 setembro 2012 8:15

Ricardo Lourenço, corresponde em Nova Iorque (www.expresso.pt)

Julgamento de Renato Seabra começa segunda-feira e o advogado do jovem quer que a confissão do crime seja anulada.

8 setembro 2012 8:15

Ricardo Lourenço, corresponde em Nova Iorque (www.expresso.pt)

O julgamento de Renato Seabra deveria começar esta segunda-feira, mas David Touger, advogado do jovem acusado de ter morto o cronista social Carlos Castro, revelou ao Expresso que usará a audiência para interpor novo pedido de anulação da confissão do crime.

A insistência de Touger deixou Diem Tran, assistente da procuradora Maxine Rosenthal, surpreendida. "Se ele fizer isso o processo atrasa-se, mas vamos ver se o juiz dará provimento ao pedido", explicou.

Caso Charles Solomon, o magistrado judicial encarregue do caso, ignore a solicitação do advogado e avance para julgamento já esta segunda-feira, os dois dias seguintes servirão para seleccionar o júri.

A Procuradoria de Manhattan e o advogado de Defesa recusam revelar a lista de testemunhas. No entanto, prevê-se que os detectives Michael Mongiello e Richard Tirelli, os investigadores do caso que registaram a confissão de Renato Seabra logo após o crime, sejam os primeiros elementos a serem ouvidos.

"Não havia nenhum advogado presente"

Touger insiste que a confissão foi obtida de forma ilegal, primeiro porque "não havia nenhum advogado presente", segundo porque o seu cliente "não tinha consciência" de que estava a ser interrogado.

Ouvido pela procuradoria de Manhattan, em Janeiro de 2011, Michael Mongiello afirmava: "O suspeito (Renato Seabra) confessou ter morto Carlos Castro, depois de o ter sufocado, atacado com um saca-rolhas, que usou para o castrar, desferindo o golpe fatal com um televisor, que arremessou contra a cabeça da vítima".

Renato Seabra é acusado de homicídio em segundo grau e incorre numa pena que pode ir de 15 anos a prisão perpétua. A Procuradoria de Manhattan prevê que o julgamento dure entre três a quatro semanas.